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Imprensa

Vitória de Hollande no segundo turno das primárias do PS é destaque nos jornais

A principal manchete desta segunda-feira é a escolha do socialista François Hollande para enfrentar Nicolas Sarkozy e a extrema-direita nas eleições presidenciais do ano que vem.

François Hollande representará o Partido Socialista nas eleições presidenciais francesas de 2012.
François Hollande representará o Partido Socialista nas eleições presidenciais francesas de 2012. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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"A esquerda escolheu Hollande", afirma o diário Le Figaro em sua manchete, destacando que ele obteve quase 12 pontos de vantagem sobre sua adversária, Martine Aubry, no segundo turno das primárias do Partido Socialista. O jornal conservador diz que Hollande é um candidato mais difícil para a direita do que Aubry, de uma corrente mais à esquerda do partido, e assim mais fácil de atacar. O partido do presidente francês sabe que num segundo turno Sarkozy versus Hollande, o socialista conseguirá reunir em torno dele a extrema-esquerda, os verdes e os eleitores de centro.

O progressista Libération considera que Hollande passou ileso pela primárias. Foi o primeiro a se lançar à sucessão, há vários anos, teve grande habilidade para ocupar o espaço deixado por Dominique Strauss-Kahn e agora tem seis meses para convencer uma população cansada do voluntarismo político de Sarkozy de que existem alternativas realistas para superar a crise na França.

Aujourd'Hui en France exibe na primeira página a imagem do vencedor aclamado por seus colegas de partido. O jornal descreve Hollande como o candidato normal para a esquerda, "hábil como o ex-presidente François Mitterand e afável como Jacques Chirac". Aujourd'hui en France lembra que o partido do governo, a UMP, já partiu para o contra-ataque, denegrindo a candidatura de Hollande. Nas próximas semanas a direita programou vários eventos para recuperar as 200 horas de espaço na televisão que o Partido Socialista habilmente ocupou com os dois turnos das primárias.

O diário econômico Les Echos estima que um dos trunfos de Hollande foi o fato dele ter apostado no consenso, atraindo para sua candidatura as diferentes tendências do Partido Socialista. O desafio agora, como o próprio Hollande destacou, é esquecer rapidamente as diferenças manifestadas nas primárias e unificar o partido para enfrentar os verdadeiros adversários. A direita já partiu para o contra-ataque, escreve Les Echos. Os partidários de Sarkozy se deram como primeira missão desmontar o programa socialista ponto por ponto, demonstrando que as propostas do PS são irrealistas. Dois pontos vão ganhar especial atenção: o retorno da idade mínima legal da aposentadoria para 60 anos, em vez de 62, e a contratação de 60 mil professores, uma loucura, segundo o jornal, que custaria bilhões aos cofres públicos em tempos de crise.
 

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