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Itália/Política

Mario Monti presta juramento como novo premiê italiano

Mario Monti prestou juramento como novo presidente do Conselho da Itália em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira, no palácio Quirinal, em Roma. Na sequência, o presidente italiano Giorgio Napolitano deu posse à equipe do novo governo, anunciada hoje pelo novo primeiro-ministro após dois dias de intensas consultas com vários partidos políticos.

O recém-nomeado primeiro-ministro italiano, Mario Monti.
O recém-nomeado primeiro-ministro italiano, Mario Monti. REUTERS/Tony Gentile (I
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O novo primeiro-ministro italiano, o economista Mario Monti, apresentou os 16 nomes da sua equipe de governo depois de receber a aprovação do presidente italiano, Giorgio Napolitano. Ele vai acumular a função de premiê com a pasta da Economia até a implementação das reformas solicitadas pela Comissão Europeia.

O gabinete é composto inteiramente de nomes técnicos e não de personalidades políticas, exatamente como exigia a coalizão partidária que apoia Monti. Com esse perfil, o novo premiê disse acreditar que sua equipe estará "blindada" e terá serenidade para trabalhar.

Habilmente, nas negociações para formar o novo gabinete, o premiê conseguiu o apoio dos grandes partidos, inclusive do partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL). Apenas a Liga Norte prometeu continuar na oposição.

Além dos nomes, o anúncio trouxe duas novidades. Primeira novidade: Monti vai acumular a função de premiê com a pasta da Economia até a implementação das reformas solicitadas pela Comissão Europeia. Com esse gesto, Monti espera enviar aos mercados um sinal forte de que as políticas de austeridade serão cumpridas com rigor.

Outra grande novidade: o novo premiê italiano criou um superministério para o Desenvolvimento, Infraestrutura e Transportes que ficará sob a responsabilidade de Corrado Passera, presidente do banco Intesa Sanpaolo, o segundo maior banco nacional italiano. Alinhado com a corrente política de centro-esquerda, Passera tem também experiência no mundo financeiro e empresarial.

Na avaliação de Monti, a reunião das três pastas em um só ministro com grande experiência tem o objetivo de facilitar as iniciativas para garantir o crescimento econômico. Nesse novo governo, três mulheres participam da equipe ministerial nas pastas da Justiça, Trabalho e do Interior.

A presidente da Confindustria (Confederação dos Industriais), Emma Marcegalia, disse que Monti é a última chance do país e pediu para que os partidos não criem problemas. Os principais sindicatos, CGIL (Confederação Geral Italiana do Trabalho) e CISL (Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores) confirmaram o apoio a Monti. Eles pedem mais equilíbrio social e medidas para o crescimento, em vez só um plano austeridade.

Próximos passos

Entre amanhã e sexta-feira, Monti apresentará sua agenda de governo na Câmara dos Deputados e no Senado que deverão confirmar um voto de confiança ao novo governo. 

A grande expectativa é em relação ao comportamento dos mercados.  Os investidores continuam a ser severos com a Itália. Os juros da dívida italiana para 5 e 10 anos continuam na casa dos 7%, um pesadelo para as contas públicas do país.

Colaborou a correspondente da RFI em Roma, Gina Marques.
 

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