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Ecologistas/Nuclear

Ativistas do Greenpeace que invadiram usina nuclear serão julgados em janeiro

Os ativistas do Greenpeace que invadiram de uma central nuclear na França, serão julgados no dia 20 de janeiro. Eles foram detidos para interrogatório na segunda-feira e liberados sob controle judicial hoje.

Manifestação do Greenpeace contra usinas nucleares.
Manifestação do Greenpeace contra usinas nucleares.
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Os nove ativistas, de idades que variam entre 25 e 60 anos, que invadiram a central nuclear de Nogent sur Seine, no Norte da França, devem responder às acusações de “violação de locais profissionais”, “degradação” e “destruição de bens de utilidade publica”, segundo comunicado do tribunal de Troyes. Cinco entre eles serão igualmente julgados por se recusarem a se submeter a um exame de DNA. O controle judicial também proíbe os ativistas de se aproximarem de uma central nuclear e de se reunirem.

Outros dois militantes da organização ecologista que tinham conseguido entrar na central de Cruas, no sul da França, continuavam detidos na tarde de terça, por “terem se introduzidos, sem autorização, em um terreno fechado de interesse nacional”, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior. .

O objetivo da operação do Greenpeace era mostrar as falhas da segurança nas centrais nucleares na França, o país mais dependente desse tipo de energia no mundo, onde aproximadamente 75% da eletricidade consumida é de origem nuclear.

O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou na segunda-feira que julgava “irresponsável arriscar a própria vida e a vida dos outros”. O ministro do Interior Claude Guéant reconheceu os problemas do dispositivo de segurança, e disse que um “estudo preciso” deve ser feito “para que o dispositivo seja fortalecido e que tais intrusões não possam se produzir”. As autoridades francesas prometeram aumentar a segurança em torno dos 58 reatores franceses.

O ministro do interior francês deve se reunir até o fim desta da semana com representantes do nuclear para discutir a segurança no setor. Segundo a imprensa francesa, a invasão dos ativistas apontou as falhas do nuclear francês.

O jornal Le Monde desta quarta-feira destaca que a data da invasão não foi escolhida por acaso. Em janeiro, a Autoridade de segurança nuclear deve publicar uma auditoria sobre as centrais nucleares francesas. Além disso, a França está em pleno debate político sobre o lugar da energia nuclear dentro da oferta energética do país.

 

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