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Coreia do Norte/ Governo

Coreia do Norte anuncia que não mudará sua política

A Coreia do Norte voltou a subir o tom contra a Coreia do Sul e anunciou nesta sexta-feira que não mudará sua política com a chegada do novo dirigente Kim Jong-un, filho do falecido Kim Jong-il. Com a situação instável na região, o alto diplomata americano Kurt Campbell informou nesta noite que visitará na próxima semana a Coreia do Sul, a China e o Japão.

Funeral do ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, na quinta-feira (29), em Pyongyang.
Funeral do ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, na quinta-feira (29), em Pyongyang.
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Kurt Campbell chega a Pequim no dia 3 de janeiro, de onde segue para Seul e Tóquio. Segundo um comunicado do departamento de Estado americano para a Ásia do Leste e o Pacífico, a visita tem o objetivo de discutir os últimos acontecimentos na Coreia do Norte.

Na semana passada, os Estados Unidos indicaram que esperavam trabalhar com a Coreia do Norte depois do período de luto pela morte do ex-líder Kim Jong-il. O departamento de Estado americano afirmou que estabeleceu contatos por telefone através da missão norte-coreana na ONU.

Estados Unidos, Rússia, China, Japão e Coréia do Sul têm o objetivo de restabelecer as discussões, congeladas desde 2008, com o novo governo norte coreano, para convencer Pyongyang a renunciar suas ambições nucleares em troca de uma importante ajuda energética e alimentar.

Mas em seu primeiro comunicado exterior após a morte de King Jong il, divulgado pela tevê pública, a Coreia do Norte advertiu que não mudaria sua política sob o novo governo e afirmou que não discutiria jamais com o presidente sul-coreano Lee Myung bak.

"Nós declaramos solenemente e orgulhosamente aos responsáveis estúpidos do mundo, inclusive os fantoches da Coreia do Sul, que eles não devem esperar a mais mínima mudança de nossa parte", indicou a Comissão de defesa nacional no comunicado.

Pyongyang também prometeu que faria Seul pagar pelos pecados cometidos durante a morte de King Jong il. A Coreia do Norte acusa a do Sul de ter proibido as visitas de condolência a Pyongyang. Somente duas delegações sul-coreanas foram autorizadas a cruzar a fronteira para o funeral de Kim Jung-il. As duas delegações foram lideradas pela viúva do ex-presidente sul-coreano Kim Dae Jung, que realizou com King Jong-il a primeira cúpula inter-coreana da historia em 2000, e pelo presidente do grupo Hyundai.

A Coreia do Norte também acusa ativistas de Seul do envio de folhetos, utilizando balões, em direção a Coreia do Norte, no dia do funeral.
 

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