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Síria/Crise

Ban Ki-Moon pede para presidente sírio "parar de matar seus cidadãos"

Neste domingo, durante uma conferência no Líbano, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao presidente da Síria, Bachar al-Assad, para parar com a matança do seu povo. Ban afirmou que todo o dirigente que usa a força caminha rumo à sua própria perda.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, discursa em conferência em Beirute.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, discursa em conferência em Beirute.
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"Hoje, vou dizer novamente ao presidente al-Assad: acabe com a violência, pare de matar seus cidadãos, a repressão acaba levando ao impasse", preveniu Ban Ki-moon, na abertura de uma conferência sobre a transição democrática no mundo árabe. Na plateia havia diversas personalidades árabes e internacionais como antigos e atuais chefes de Estado que vivenciaram a experiência da transição democrática. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, e o candidato às presidenciais do Egito, Amr Moussa, ex-líder da Liga Árabe, estavam entre os presentes.

Enfático, o secretário-geral relembrou o perigo da ideia de que a segurança é mais importante do que os Direitos Humanos. Ban Ki-moon fez diversas declarações, nos últimos dias, alertando para o rumo que a crise na Síria vem tomando. Segundo a ONU, cinco mil pessoas foram mortas em dez meses de conflito entre a população civil e as forças da ordem do regime de Bachar al-Assad.

Anistia

Neste domingo, dia em que o secretário-geral da ONU fez o apelo para a matança acabar, o  presidente sírio promulgou uma anistia geral para os crimes cometidos durante as manifestações que estremecem o  país desde o dia 15 de março de 2011. A Anistia seria válida da data inicial dos protestos até hoje. O anúncio foi feito pela agência oficial síria, que não deu mais detalhes da decisão presidencial.

Reformas

Para Ban Ki-moon, por muito tempo os árabes foram passivos, testemunhando outros países se libertarem da tirania na Europa, Ásia e África. "A ONU está pronta para ajudar os árabes com todos os seus recursos neste período de transição, mas o mais difícil ainda está por vir", ele disse.

Entre as principais medidas projetadas pela ONU estão a criação de 50 milhões de empregos nos próximos dez anos para os jovens ocuparem seu espaço no mercado de trabalho, além de um papel ativo para a mulher árabe e a proteção das minorias religiosas e étnicas.
 

 

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