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Le Monde traz entrevista de página inteira com Pelé

A reportagem do jornal Le Monde se encontrou com Pelé em Zurique, logo após a entrega do troféu Bola de ouro. Em uma longa entrevista o craque falou sobre a situação do futebol atual, os preparativos para a Copa de 2014 no Brasil, racismo, corrupção e sobre a eterna disputa pelo título de melhor jogador do mundo.

"Eu libertei todos os jogadores de futebol brasileiros da escravidão", disse Pelé.
"Eu libertei todos os jogadores de futebol brasileiros da escravidão", disse Pelé. Le Monde
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Em uma entrevista de página inteira e foto na capa do caderno de esportes do jornal Le Monde, Pelé falou dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 que, segundo ele, deve ajudar o país a se livrar de seus problemas, como a corrupção, a violência e a pobreza. “O governo deve aproveitar esses momentos fortes (o mundial e os Jogos Olímpicos) para modernizar o país”, analisa.

O ex-jogador também relembrou os principais momentos de sua carreira. Ele conta como o Brasil era desconhecido quando jogou pela primeira vez na Europa. “Quando chegamos na concentração na Suécia, até a bandeira do Brasil estava errada: no lugar do losango tinha um círculo!” relata o craque. Sobre o preconceito, Pelé diz que não há racismo no Brasil, nem no futebol, enfatizando seu papel de pioneiro. Como durante seu encontro com o rei da Suécia, em 1958. “Pela primeira vez na história, ele foi fotografado apertando a mão de um homem negro”, rememora o rei do futebol.

Pelé também tenta explicar por que o futebol brasileiro não está mais no topo da hierarquia mundial. “Os melhores jogadores brasileiros evoluem na Europa (...), o que faz que com que os meninos da seleção não tenham tempo para jogar juntos. Essa é a prova da má administração do futebol por seus dirigentes”. E aproveita para criticar a Fifa, dizendo que “esse é o momento para fazer uma faxina”.

Questionado sobre quem é, segundo ele, o melhor jogador do mundo, Pelé disse gostar muito de Messi, e também elogia Neymar, “que poderá se tornar um grande jogador”, mas não entrega a coroa. “Quando Messi tiver feito 1283 gols como eu, e quando ele tiver vencido três Copas do mundo, a gente pode conversar”, brinca o craque nas páginas do Le Monde

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