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Grécia/ Crise

Grécia faz nova greve contra plano de austeridade

A Grécia inicia hoje a segunda greve geral do ano convocada pelos sindicatos de trabalhadores. Serão pelo menos 48 horas de paralisação em protesto contra o novo plano de austeridade, exigido pelos credores do país, que prevê uma redução de até 25% no salário mínimo, novos cortes nas aposentadorias e a supressão de mais 15 mil postos no funcionalismo público.

Um transeunte passa em frente a estação de trens fechada devido à greve de 48h em Atenas, nesta sexta-feira.
Um transeunte passa em frente a estação de trens fechada devido à greve de 48h em Atenas, nesta sexta-feira. REUTERS/John Kolesidis
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Em Atenas, as manifestações começaram hoje de manhã no centro da cidade. Os transportes públicos estão paralisados na capital. Grande parte dos barcos permaneceu atracada nos portos. Os órgãos públicos e hospitais funcionam de modo parcial, mas os aeroportos não foram afetados pela greve. Esta é a segunda paralisação da semana, na terça-feira os sindicatos convocaram uma mobilização de 24 horas.

A Grécia continua sofrendo pressão dos países da zona do euro. O chefe do partido de esquerda alemão, Die Link, anunciou nesta sexta-feira, após uma reunião com a chanceler Ângela Merkel, que o Parlamento alemão deve se reunir no dia 27 de fevereiro em uma sessão extraordinária para examinar o plano de ajuda à Grécia. A Alemanha é um dos principais credores do país.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, declarou nesta sexta-feira esperar que o novo plano de ajuda financeira à Grécia será rapidamente finalizado, acrescentando que Atenas deve começar a colocar em prática as reformas econômicas estruturais.

Na quinta-feira os três partidos da base governista aprovaram o plano de austeridade depois de muitas negociações, mas à noite, reunidos em Bruxelas, os ministros das Finanças da zona do euro decidiram exigir que Atenas faça mais 325 milhões de economia em suas contas. O Eurogrupo marcou para quarta-feira uma nova reunião para decidir se aprova ou não a ajuda de 130 bilhões de euros à Grécia.

Os ministros de Finanças da zona do euro exigiram, na quinta-feira, que o Parlamento se pronuncie antes de quarta-feira sobre um novo programa de economias e de reformas indispensáveis para desbloquear ajudas e evitar a falência do país.
 

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