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Justiça/Itália

Promotoria pede pena de cinco anos contra Berlusconi

O Ministério Público de Milão pediu nesta quarta-feira cinco anos de prisão para o empresário e ex-premiê italiano Silvio Berlusconi acusado de corrupção no julgamento do chamado caso Mills. O promotor do caso, Fabio De Pasquale, considerou que o delito ainda não prescreveu.

O premiê italiano, Silvio Berlusconi.
O premiê italiano, Silvio Berlusconi. REUTERS/Marco Valdo/Files
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Para a acusação, as provas contra Silvio Berlusconi são claras. “Temos certeza de que o acusado é culpado”, declarou De Pasquale. Berlusconi é acusado de ter dado US$ 600 mil para que seu ex-advogado britânico David Mills conseguisse falsos testemunhos a seu favor em uma lista de processos judicias.

O caso Mills é um dos quatro julgamentos que Berlusconi tem abertos em Milão. Berluscini também é réu nos casos Ruby (incitação à prostituição de menores e abuso de poder), caso Mediaset (fraude fiscal), e caso Unipol, no qual é acusado de participação na revelação de segredo profissional.

A defesa do ex-primê italiano reitera a sua inocência no caso Mills. Berlusconi afirmou que não se lembra de ter conhecido o advogado, que era um dos muitos que o grupo Fininvest (de sua propriedade) tinha no exterior. O adovado Nicolo Ghedini afirma que ainda que o processo não é “imparcial” e que apenas testemunhas de acusação foram ouvidas.

Por enquanto, o histórico judicial de Berlusconi parece ser favorável ao Cavaliere. Há dois anos, a Corte Suprema italiana considerou que os fatos de corrupção imputados a Mills já haviam prescrito e a condenação a quatro anos e meio do advogado foi anulada.

Uma nova audiência está marcada para o dia 25 de fevereiro. Para a defesa de Berlusconi, a prescrição do delito no caso Mills teria se esgotado no último dia 9. No entanto, nesse mesmo dia, os juizes responsáveis pelo caso afirmaram que é impossível estabelecer uma data de prescrição.

 

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