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Grécia/ Crise

BCE não vai mais aceitar títulos gregos como garantia

O Banco Central Europeu anunciou nesta terça-feira que, por enquanto, não vai mais aceitar como garantia os títulos da dívida pública emitidos pela Grécia, depois que o país iniciou uma operação de perdão de parte da sua dívida. A medida acontece após a agência de classificação de riscos Standards & Poor's rebaixar a nota do país para "calote seletivo", ontem.

Bandeira da União Europeia é hasteada em Atenas. Nesta terça-feira, o Banco Central Europeu decidiu não aceitar títulos da dívida grega, complicando a situação do país com seus vizinhos.
Bandeira da União Europeia é hasteada em Atenas. Nesta terça-feira, o Banco Central Europeu decidiu não aceitar títulos da dívida grega, complicando a situação do país com seus vizinhos. REUTERS/John Kolesidis
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Devido ao rebaixamento, os títulos gregos não podem mais servir como garantia pelos bancos que emprestaram dinheiro à Grécia.

Essa operação teve início na sexta-feira e deve resultar no perdão de 107 bilhões de euros. A Grécia propõe aos credores a diminuição em 53,5% do valor dos títulos de empréstimos realizados pelo país, que tem até o dia 12 de março para realizar o reembolso de parte da sua dívida. Nesta ocasião, o BCE promete voltar a aceitar os títulos gregos como garantia.

A Standards & Poor's indicou, por comunicado, que "se a troca de dívida for consumada", a nota do crédito soberano da Grécia será elevada para CCC, a categoria atribuída aos países que apresentam riscos de não honrarem os pagamentos de empréstimos.

O governo grego deve explicar hoje ao Parlamento as modalidades de aplicação dos cortes nas aposentadorias, além das medidas de flexibilização do mercado de trabalho que pretende implantar no país. As medidas foram acertadas com a União Europeia e o FMI para o acordo de ajuda financeira que o país vai receber. O desbloqueio do pacote, no valor de 130 bilhões de euros, só vai acontecer se a reestruturação da dívida for bem sucedida.

Irlanda

O Fundo Monetário Internacional aprovou ontem o desbloqueio de 3 bilhões e 230 milhões de euros para a Irlanda, como parte do quinto pacote do acordo de resgate assinado pelo país com a instituição em dezembro de 2010, de três anos de duração. Após a aprovação deste novo desembolso por parte do FMI, os empréstimos do órgão internacional para a Irlanda chegam a 16 bilhões e meio de euros, de um total previsto de 22 bilhões e 600 milhões de euros.

O número 2 do fundo, David Lipton, afirmou que "as autoridades irlandesas continuaram a aplicação do programa, alcançando os objetivos fiscais de 2011". A Irlanda, destacou Lipton, "avançou nas reformas estruturais para gerar crescimento e emprego". Ele também ressaltou que o crescimento do país no ano passado foi de 1%, impulsionado pelos bons resultados das exportações.
 

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