Alta do petróleo entra na campanha presidencial na França e nos EUA
Em Paris, o preço do litro de combustível já ultrapassa o nível de 2 euros e, na França, o valor médio também atinge o recorde de 1,6 euro. Nos EUA, a situação é semelhante e a cotação do galão (3,78 litros) superou a barreira simbólica dos 4 dólares. O aumento preocupa as autoridades, a tal ponto que se tornou um dos temas tratados pelo candidatos nas campanhas presidenciais nos Estados Unidos e na França.
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Desde o final de 2011, as tensões geopolíticas no Irã e na Nigéria e a desvalorização do euro frente ao dólar têm provocado altas históricas do preço do combustível na França. Como a elevação do preço do petróleo e seus derivados atingem em cheio a economia que tenta sobreviver à crise, o assunto entrou para a agenda dos candidatos à eleição presidencial.
O socialista François Hollande defende um congelamento dos preços por três meses. Já o presidente francês, Nicolas Sarkozy, diz que a proposta é uma “piada”, porque os preços da commodity são ditados pelo mercado internacional. Os distribuidores pressionam o governo e pedem uma redução dos impostos sobre os combustíveis, opção considerada “populista” e demagógica” por Sarkozy.
O embargo da União Europeia ao petróleo iraniano a partir de julho deve pressionar ainda mais os preços do produto. A Agência Internacional de Energia prevê uma queda de um terço da produção iraniana. A escalada só não será maior, diz a agência, porque a crise mundial a o próprio fato de a cotação estar elevada freiam o consumo.
Estados Unidos
Do outro lado do Atlântico, a questão dos combustíveis azeda a campanha do presidente Barack Obama. Uma sondagem realizada pelo New York Times e pela rede de televisão CBS revela que apenas 41% dos americanos acreditam que Obama tem feito uma boa gestão do assunto. O índice de impopularidade é mais elevado entre as famílias com renda mais baixa para quem a alta do petróleo tem um efeito mais importante.
De olho nesse eleitorado, os candidatos republicanos, Newt Gingrich, prometem cortar os preços. Gingrich afirma que conseguirá fazer o preço do galão cair para U$ 2,50 graças à abertura de mais poços de exploração de petróleo
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