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França/terrorismo

Prefeitura de Toulouse adia enterro de Mohamed Merah

O sepultamento de Mohamed Merah, o atirador de Toulouse, que estava previsto para a tarde desta quinta-feira no sul da França, foi adiado por 24 horas. O prefeito de Toulouse, Pierre Cohen, avaliou que enterrá-lo na cidade não seria “oportuno”.  

Frame de vídeo divulgado pela televisão francesa que mostra suposta imagem não-datada de Mohamed Merah, o assassino de Toulouse.
Frame de vídeo divulgado pela televisão francesa que mostra suposta imagem não-datada de Mohamed Merah, o assassino de Toulouse. REUTERS/France 2 Television/Handout
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Depois da recusa do governo da Argélia de receber o corpo de Mohamed Merah, a expectativa era de que o corpo do jovem terrorista fosse sepultado em Toulouse.

A prefeitura da cidade, porém, pediu que o Estado francês providencie um outro local para o sepultamento por temer atos de vandalismo ou aglomeração de radicais islâmicos admiradores do assassino no cemitério de Cornebarrieu, perto de Toulouse. Como medida de precaução, a prefeitura pretendia manter a sua lápide sem identificação.

Até o momento, as autoridades francesas não se pronunciaram sobre o caso. Em entrevista à rede de televisão BFM, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou: “Ele era francês, que ele seja enterrado e que não haja mais polêmica em torno do assunto”.

A candidata do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, se disse escandalizada e considera um insulto aos familiares do atirador. " Eles terão que conviver próximos a este túmulo", declarou.

Mohamed Merah foi morto em uma troca de tiros com policiais que entraram no seu apartamento no dia 22 de março. O pai dele havia solicitado que o corpo do filho fosse sepultado na Argélia, onde ele vive. Ele havia preparado uma cerimônia em Bezzaz, localidade ao sul da capital argelina.

A mãe de Merah, que é francesa, também preferia um enterro na Argélia por temer a profanação da sepultura do filho se ele for enterrado na França. Mas o governo argelino rejeitou o translado do corpo por “questões de segurança”.

Mohamed Merah é o assassino confesso de três militares, de um rabino e três alunos de uma escola judaica de Toulouse.

 

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