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Portugal/Crise

Presidente português pede que população promova a imagem do país

O presidente português pediu que a população ajude a melhorar a imagem do país, arranhada pela crise financeira e a dependência da ajuda econômica da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. A declaração foi feita durante as comemorações da Revolução dos Cravos, nessa quarta-feira.

O presidente Cavaco Silva pede que os portugueses valorizem a imagem do país.
O presidente Cavaco Silva pede que os portugueses valorizem a imagem do país. Reuters
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A imagem e a credibilidade de Portugal no exterior foi um dos principais temas do discurso do presidente Aníbal Cavaco Silva nessa quarta-feira. Segundo o líder, "todos os portugueses e não apenas os políticos têm o dever de mostrar ao mundo o valor do seu país”. O chefe de Estado quer que a população o ajude a corrigir a visão que o resto do mundo tem da nação. “Muito se tem escrito no estrangeiro sobre o nosso país que não corresponde à realidade”, enfatizou o presidente.

Portugal é apontado atualmente como um dos países mais instáveis da zona do euro, a ponto solicitar, assim como a Grécia, uma ajuda financeira junta à União Europeia e ao FMI em maio do ano passado. Para convencer os parceiros estrangeiros de sua estabilidade, Lisboa lançou desde então um dos planos de austeridade mais severos de sua história, com uma série de cortes de gastos públicos e reformas.

As declarações de Cavaco Silva foram feitas durante as celebrações da Revolução dos Cravos, movimento que resultou na instauração da democracia no país, em 1974. A comemoração da data foi marcada esse ano pela ausência, pela primeira vez, dos chamados “capitães de abril”, que participaram do movimento contra a ditadura de Salazar. Os homens boicotaram o evento para exprimir sua oposição às políticas atuais do governo que, segundo eles, “não reflete os valores do regime democrático herdados do 25 de abril”.

O ex-presidente português Mário Soares também se uniu ao movimento do evento. “Nós estamos diante de um governo que destrói o Estado, a segurança social, o serviço nacional de saúde e tudo o que nós ajudamos a construir”, disse ele.

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