Grécia faz nova tentativa de formar governo nesta segunda

A Grécia tenta mais uma vez chegar a um consenso para a formação de um novo governo nesta segunda-feira. No domingo, o presidente  grego, Carolos Papoulias, reuniu-se com líderes dos três principais partidos em uma última tentativa de formar uma coalizão, mas o encontro terminou com um impasse. A Grécia tem até a próxima quinta-feira para escolher o novo governo, caso contrário terá que convocar eleições legislativas.  

O presidente grego, Carolos Papoulias, reunido com líderes dos principais partidos em Atenas. REUTERS/John Kolesidis

Foram 90 minutos de reunião entre o presidente grego, Carolos Papoulias, e os líderes dos três principais partidos para tentar formar um novo governo. Antes da reunião na manhã deste domingo, o líder da extrema-esquerda, Alexis Tsipras havia declarado que gostaria de formar um governo temporário de dois anos. Ao final do encontro, porém, nenhum resultado concreto.

O líder do partido socialista, Evangelos Venizelos, disse que há um "otimismo limitado" e existe uma leve esperança de acordo com um pequeno partido de esquerda pró-europeu. Já líder do conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, disse que não foi possível dialogar com o partido da esquerda radical que recusa as medidas de austeridade.

O presidente grego também ouviu os pequenos partidos, incluindo o partido neonazista. A Grécia tem até a próxima quinta-feira para formar um governo. Caso contrário, serão convocadas novas eleições. Uma sondagem revela que num novo pleito, o partido radical de esquerda poderia ser o primeiro colocado. Uma má notícia para o FMI e a União Europeia que temem que, com esse resultado, as medidas de austeridade sejam enterradas de vez. 

Se o próximo governo rejeitar o pacote, autoridades europeias dizem que será o fim dos empréstimos para a Grécia. Sem os recursos, o país corre mais uma vez o risco de ter que decretar moratória. Sobre o assunto, a revista alemã Der Spiegel defendeu hoje em editorial a saída da Grécia da zona do euro. Para a revista, o assunto não é mais tabu e pode ser a única solução para a crise do país.

Uma pesquisa do jornal grego To Vima mostra que a grande maioria dos gregos rejeita as medidas de auesteridade, mas não deseja abandonar o euro.  Para  78,1% dos entrevistados, o próximo governo deve fazer o possível para manter o país com a moeda única europeia.