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Israel/Palestina

União Europeia condena colonização israelense na Cisjordânia

Os ministros das relações exteriores da União Europeia reunidos em Bruxelas classificaram a política israelense de colonização na Cisjordânia como "violência" e "extremismo". O comunicado ainda disse que a aceleração de expansão de Israel pelas terras palestinas após o fim da moratória de 2010 ameaça impossibilitar a convivência pacífica entre os dois estados, já que a política de colonização é ilegal segundo direito internacional. A UE também criticou o governo de Benjamin Netanyahu por realocar colonos de Migron, um posto avançado na Cisjordânia, para terras privadas palestinas; e por destruir casas de palestinos no leste de Jerusalém.

Menina palestina chora ao lado de casa destruída em Migron, em 5 de setembro de de 2011
Menina palestina chora ao lado de casa destruída em Migron, em 5 de setembro de de 2011 © AFP/Ahmad Gharabli
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O texto denuncia que "as condições de vida dos palestinos se agravam" na Cisjordânia ocupada e acusa o governo israelense de impor sérias limitações à promoção do desenvolvimento econômico da região, promovida pela Autoridade Palestina. A UE também se mostra preocupada com o crescente "extremismo" dos colonos judeus, que ela acusa de "violência" e "provocações deliberadas" contra civis palestinos.

Em resposta, o ministro israelense das relações exteriores rechaçou a declaração que, de acordo com ele, é "uma longa lista de alegações e críticas baseadas em um quadro parcial, enviesado e unilateral". Ele disse ainda que uma declaração pública como esta "não contribui para o avanço do processo de paz". As negociações diretas entre israelenses e palestinos estão suspensas desde setembro de 2010, quando o governo Netanyahu se negou a prolongar a moratória sobre a colonização da Cisjordânia.

Da parte da Palestina, a declaração foi elogiada. A Organização pela Libertação da Palestina (OLP) chamou a posição da UE de bem trabalhada e "politicamente responsável". "Ela responde a todas as questões que levaram a essa interrupção (das negociações diretas), e a colonização e o desrespeito de Israel ao direito internacional e às resoluções das Nações unidas", comemorou Hanane Achraoui, um dos dirigentes da OLP. Mas ele lamentou que, novamente, os europeus não tenham decidido por em prática "uma iniciativa, um mecanismo, gestos concretos" para retomar as negociações.

 

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