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França/Estados Unidos

Primeiro encontro de Obama e Hollande foi cheio de amabilidade e convergências

Houve um grande entendimento e simpatia entre François Hollande e Barack Obama no primeiro encontro entre os dois presidentes, em Washington, estima a imprensa francesa que circula nesta sábado e que dedicou suas manchetes para a primeira visita do chefe de estado francês aos Estados Unidos.

O presidente francês,  François Hollande, e o presidente americano Barack Obama, em entrevista coletiva após o encontro na Casa Branca.
O presidente francês, François Hollande, e o presidente americano Barack Obama, em entrevista coletiva após o encontro na Casa Branca. REUTERS/Larry Downing
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Um encontro cheio de amabilidades, escreveu o Libération ao resumir o encontro de Hollande com Obama na Casa Branca para onde o presidente francês foi logo que desembarcou na capital americana. A reportagem do jornal brincou ao lembrar que Hollande, que há sete dias estava com seus eleitores em Corrèze no interior da França, desta vez atravessou o Atlântico para entrar no baile diplomático mundial.

A reunião durou mais tempo que o previsto, uma hora e dez minutos com a delegação e vinte minutos sozinhos, informou o Libération que ouviu um diplomata francês observar que houve uma simpatia mútua entre Hollande e Obama.

Mas o "café da manhã americano", como se referiu o Libération ao encontro, teve um menu cheio de assuntos “quentes”, como a crise do euro, o crescimento econômico, Afeganistão e até hambúrgueres. Em editorial, no entanto, Libé lembra que o bom entendimento pessoal importa pouco porque em termos de política estrangeira, a França mantém a mesma orientação, seja ela com governo de direita ou de esquerda.

Como velhos amigos, observou o Le Parisien ao se referir ao clima descontraído da primeira reunião entre Obama e Hollande, um francês completamenete desconhecido nos Estados Unidos , lembrou o jornal. Muitos temas convergentes surgiram no encontro, escreve o Le Parisien se referindo a defesa do crescimento como solução para a crise da zona do euro e de uma relação estreita entre os dois países.

Os dois até mostraram a mesma disposição no espinhoso tema da retirada das tropas do Afeganistão, mesmo diante da posição de Hollande que considera concluída a missão de combate dos soldados franceses presentes no país.

O Le Figaro destacou que Hollande e Obama estão de acordo sobre a questão do crescimento, indicando que os Estados Unidos estão pressionando a Europa para relançar sua economia para evitar um contágio mundial da crise que atinge a zona do euro.

O jornal conservador também repercutiu o tratamento dado pela imprensa americana à Valérie Trierweiler, companheira do presidente François Hollande que foi chamada de “First Girl Friend”, “Primeira Namorada”, ao invés de primeira-dama, já que os dois não são casados oficialmente. Não há problema algum no protocolo diante dessa situação que para os americanos é particular, escreve o jornal, informando que Valerie Trierweiler vai participar de todos os eventos oficiais durante o G8.

Le Figaro lembra que para 79% dos franceses, o fato do presidente não ser casado não tem nada de chocante, mas, nos Estados Unidos, um país profundamente cristão, a probabilidade dos americanos aceitaram uma “Primeira namorada” certamente seria bem menor, afirma o jornal.

 

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