Acesso ao principal conteúdo
UE/Crise

EU recomenda que países do bloco aumentem esforços contra a dívida

A Comissão Europeia recomendou que os países-membros “dobrem os esforços” para superar a crise e que fiquem atentos ao endividamento público. Num relatório divulgado hoje, o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, defendeu também o aumento da integração na zona do euro.

Segundo o relatório da Comissão Europeia, a situação econômica na Europa continua delicada com o agravamento do problema do desemprego.
Segundo o relatório da Comissão Europeia, a situação econômica na Europa continua delicada com o agravamento do problema do desemprego. Reuters/Yves Herman
Publicidade

Itália, Espanha e França receberam um alerta da Comissão Europeia nesta quarta-feira : é preciso aumentar os esforços para o controle do déficit público. No caso da França, a Comissão Europeia recomenda que o país aja rapidamente para conseguir cumprir os objetivos orçamentários até 2013. Para este ano, manter o teto do déficit francês em 4,4% do PIB é considerado “possível”. Já para reduzir esse déficit para 3% no ano que vem, será necessário um esforço adicional.

O longo relatório de 1.500 páginas é sombrio. A comissão diz que houve alguns progressos, mas a situação econômica na Europa continua delicada com o agravamento do problema do desemprego, “especialmente entre os jovens”. A Espanha recebe duras críticas. Na avaliação dos técnicos europeus, o país ainda tem “enorme dificuldade” para reconquistar a confiança dos mercados.

A Comissão Europeia, porém, pode fazer um gesto favorável aos espanhóis. Rhen disse que pode prorrogar por um ano o prazo para que a Espanha atinja seus objetivos orçamentários caso o país continue a seguir à risca as metas acordadas com o bloco europeu. Bruxelas emitiu hoje uma série de recomendações econômicas para os países europeus e alertou para o perigo da crise da dívida.

A hipótese de um prazo maior para a Espanha foi lançada nesta quarta-feira pelo comissário para Assuntos Econômicos, Olli Rehn. Se essa proposta entrar, de fato, em vigor, a Espanha poderia ter até 2014 para voltar a colocar o déficit público abaixo de 3% do PIB (Produto Interno Bruto). Pelo prazo inicial, a Espanha deveria colocar as contas em ordem até 2013.

Para ser aprovada, a proposta tem que ser endossada pelos países membros do bloco europeu. Esse, aliás, deve ser o grande desafio. A Comissão Europeia teme que, se a Espanha receber um ano a mais para equilibrar seu déficit, outros países em dificuldade exijam o mesmo privilégio, o que pode fragilizar as bases do Pacto de Estabilidade. A Bélgica e a Holanda, por exemplo, não puderam se beneficiar da mesma flexibilidade e tiveram que tomar medidas drásticas para respeitar os compromissos assumidos com a comissão.

À espera de discussões sobre a proposta, Rehn elogiou algumas reformas já adotadas pelo governo do premiê espanhol Mariano Rajoy, com destaque para “a reforma do mercado de trabalho” e o esforço para a “recapitalização do setor bancário”. Para o comissário, essas medidas “devem permitir que a Espanha reduza seus desequilíbrios econômicos”, mas ele alerta que a Espanha tem que controlar o endividamento das regiões.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.