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Egito/Política

Promotoria do Egito apelará das sentenças do julgamento de Mubarak

A onda de protestos que levou milhares de egípcios às ruas em várias cidades do país tiveram efeito: neste domingo, a promotoria  decidiu apelar da decisão do tribunal que absolveu seis altos responsáveis da polícia, envolvidos na morte dos 850 manifestantes durante a rebelião popular do ano passado. O ex-ditador Hosni Mubarak de 84 anos e seu ministro do Interior, Habib el-Adli, foram condenados à prisão perpétua. 

Neste domingo, no Cairo, os egípcios continuam protestando na praça Tahrir.
Neste domingo, no Cairo, os egípcios continuam protestando na praça Tahrir. Reuters
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Neste domingo, no Cairo, a praça Tahrir continua lotada de egípcios inconformados com as sentenças do julgamento de Hosni Moubarak e seus colaboradores do alto escalão da polícia. Em outras cidades como Alexandria e Ismalyia, a mobilização também reuniu milhares de pessoas.

Diante dos protestos, a promotoria pública ordenou o início dos recursos, sem precisar, no entanto, se estes concernem somente as absolvições ou todas as sentenças.

Moubarak e seu ministro do Interior foram condenados à prisão perpétua, escapando da pena de morte pedida pela promotoria.Já os dois filhos do ex-ditador acusados de corrupção foram liberados sob a alegação de que os crimes estariam prescritos.

Para o jornal independente egípco "Al-Chorouq", "Mubarak foi condenado, seu regime foi absolvido e o povo está de novo na praça Tahrir".

O julgamento aconteceu em um contexto político efervescente, entre os dois turnos da eleição presidencial. O segundo turno, que deve acontecer em 16 e 17 de junho, opõe o islamita Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, ao último primeiro-ministro do gabinete de Moubarak, Ahmad Chafiq.
 

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