Depois de atacar avião turco, Síria sofre novas sanções

A União Europeia adotou nesta segunda-feira, em Luxemburgo, uma nova rodada de sanções contra a Síria. Além de adicionar seis entidades e uma pessoa à já extensa lista de congelamentos de bens e vistos na região, os ministros das Relações Exteriores do bloco ampliaram o embargo à venda de armas. Agora, também estão sujeitas ao bloqueio seguradoras que garantam carregamentos de armas para o regime de Bashar al-Assad. Este último ponto foi levantado inicialmente pela Grã-Bretanha, depois que a seguradora britânica Standard Club cancelou a cobertura de um carregamento russo de helicópteros de ataque, direcionado a Damasco.

Sírios protestam em Kafranbel contra o envio de armas russas para o regime de al-Assad, no dia 24 de junho REUTERS/Raad Al Fares/ Shaam News Network/Handout

Esta décima-sexta rodada de sanções ocorre ainda no calor das acusações de que a Síria abateu um avião turco no espaço aéreo internacional, na última sexta-feira. Damasco garantiu que a aeronava sobrevoava território sírio. Hoje, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius classificou o ato de "inaceitável". Citando o chanceler turco Ahmet Davutoglu, Fabius disse que Ancara não recebeu nenhuma advertência antes do ataque à aeronave. Hoje, o governo turco se reúne internamente para discutir o incidente. E nesta terça-feira, a OTAN faz uma reunião de emergência sobre o mesmo assunto, a pedido da Turquia.

A tensão entre Turquia e Síria teve um novo episódio agora de manhã: um avião turco de busca e resgate foi detectado por uma bateria anti-aérea de Damasco, enquanto procurava os destroços do F-4 derrubado na sexta-feira. Uma vez detectada, a aeronave recebe uma advertência automática da bateria, que é composta de mísseis e um radar. Ainda que não tenha ocorrido ataque, a advertência foi vista com maus olhos por Ancara.