Quedas do poder aquisivito e do crescimento, aumento do desemprego... A França vai mal !
O recuo histórico do poder aquisitivo dos franceses ocupa a manchete principal do jornal Les Echos, mas a lista de notícias negativas para a economia do país é mais extensa e inclui alta do desemprego e queda do crescimento.
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Citando estudo do principal Instituto de Estatísticas da França, o diário econômico informa que o poder de compra dos franceses caiu 1,2%, algo inédito desde 1984.
Esta queda afeta o consumo em um cenário já prejudicado pela estagnação dos investimentos, escreve o jornal. Dados divulgados ontem apontam um aumento do desemprego em maio com mais de 33 mil pessoas a mais a procura de trabalho do que no mês de abril, projetando um alta do índice de desemprego para 9,9% este ano.
Nem a perspectiva de bons negócios com o período de liquidação de verão que começa hoje no país anima os consumidores constata o Les Echos. Para piorar, o ritmo da produção de riquezas do país, aponta um crescimento do PIB de apenas 0,4% este ano, bem abaixo do crescimento de 1,7% registrado no ano passado.
O comunista L'Humanité lamenta em sua manchete a valorização de apenas 0,6% do salário mínimo no país, o congelamento de 1 bilhão de euros nas despesas sociais e uma redução de funcionários de determinados ministérios para compensar o aumento do funcionismo na Educação, Justiça e no Interior.
O Le Figaro avisa em sua manchete que a Angela Merkel bateu firme a mão na mesa ao dizer que "enquanto for viva" vai rejeitar a proposta de mutualizar a dívida dos países da zona do euro e a criação dos chamados eurobônus, como defende a França.
Queda de braço à vista, escreve o jornal ao se referir ao encontro de hoje em Paris entre Merkel e o presidente François Hollande que se encontram um dia antes de uma Cúpula de chefes de estado e de governo da União Europeia considerada importante para o bloco.
O jornal La Croix destaca a visita à França da líder da oposição em Mianmar Aung San Suu Kyi, que termina pelo país uma turnê triunfal na Europa. A Dama de Yangun, como é conhecida, foi recebida com honras de chefe de estado e pede apoio internacional às reforças que começaram em seu país, escreve o jornal católico.
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