Imprensa francesa analisa acordo assinado em Bruxelas
Informar e analisar com mais detalhes o acordo assinado em Bruxelas pelos líderes dos países da zona do euro foi uma das preocupações estampadas nesta segunda-feira pela imprensa francesa. A urgência da situação levou os dirigentes do bloco a dar uma demonstração de solidariedade financeira, mas é a crise que vai submetê-lo à prova, afirma o jornal La Croix.
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Para compensar os efeitos recessivos dos planos de austeridade, os chefes de estado e de governo da zona do euro se comprometeram com um plano comum para estimular o crescimento econômico. Mas, em contrapartida, a vigilância de Bruxelas sobre os orçamentos dos estados será reforçada, afirma o jornal católico.
Para o Les Echos, a Cúpula da última sexta-feira foi histórica em termos de decisões e a determinação do italiano Mario Monti não deixou outra opção à Angela Merkel senão ceder em diversos pontos.
No entanto, o editorial se diz surpreso que uma maior integração econômica e monetária nem sequer tenha sido citada assim como o caso da Grécia, que ficou completamente esquecido. A novidade foi um confronto entre o bloco do sul e Berlim, escreve o Les Echos.
O Libération avisa que o mês de julho vai ser sobrecarregado para a esquerda que dirige a França. E começa nesta segunda-feira com o relatório sobre o verdadeiro estado das finanças públicas do país. Além de revelar o balanço final do governo anterior, os números vão balizar as duras medidas de cortes drásticos para o país cumprir os objetivos de reduzir seu déficit público.
Para o presidente François Hollande e o primeiro ministro Jean-Marc Ayrault será um mês de decisões políticas e econômicas que vão marcar os cinco anos de mandato, avalia o Libération.
Em entrevista de página inteira a Le Figaro, com destaque na capa do jornal, o ministro francês da Economia, Pierre Moscovici, se disse otimista com o acordo de Bruxelas e confirmou que o esforço para diminuir as dívidas do estado francês é uma obrigação. O ministro também prevê que o crescimento do país no ano que vem será entre 1 e 1,3%.
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