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Imprensa francesa

Alerta do Tribunal de Contas ao governo francês é destaque na imprensa

O relatório publicado pelo Tribunal de Contas da França expondo a situação das finanças públicas do país ganhou as manchetes de toda a imprensa francesa desta terça-feira. Rigor sem precedentes, sinal de alarme acionado, quem vai pagar essa conta?, foram algumas das expressões e questões estampadas pelos jornais para dar o tom dos tempos difíceis que o governo irá enfrentar.

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O Tribunal do Contas avaliou entre 6 e 8 bilhões de euros o esforço necessário para este ano e pelo menos 33 bilhões de economias no ano que vem para fazer o déficit não ultrapassar 3% do PIB. Diante do rombo de suas contas públicas, a França está condenada à um plano de rigor sem precedentes, avisa o jornal econômico Les Echos. A reportagem começa com a mensagem do Tribunal de que o esforço é grande mas pode é ser feito para que o país continue a comandar seu próprio destino.

O Libération também dá destaque para o recado do Tribunal de que não adianta adiar as medidas de austeridade já que a projeção é de que até o final do ano a dívida da França vá atingir 90% da produção de riquezas do país. Para o jornal a solução para cobrir o rombo virá da equação: alta de impostos mais redução dos gastos públicos.

O conservador Le Figaro diz que o relatório é um último alerta para a França e prova que o balanço do governo anterior, do presidente Sarkozy, não foi tão desastroso como aponta o novo governo. Em seu editorial, o jornal reconhece que exceto alguns excessos típicos de todo governo, o relatório mostra que não existia nenhum "esqueleto no armário" do governo anterior. Ao contrário, que medidas estavam sendo tomadas para consertar as finanças públicas.

O que o Tribunal fez, segundo o Le Figaro, foi dizer que as medidas drásticas para equilibrar o déficit público devem ser amplificadas e vão na direção contrária do programa do presidente François Hollande, principalmente em relação à contratação de 65 mil funcionários públicos.

O La Croix diz que o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault vai evitar hoje, durante seu discurso na Assembleia Francesa as palavras austeridade e rigor e deve prometer que as medidas para diminuir os gastos públicos devem poupar as classes populares. Quem deverácontribuir mais para o esforço serão os mais ricos e as grandes empresas, avisa o jornal católico.
 

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