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Espanha/Crise

Espanha registra queda do desemprego em junho

Desemprego cai na Espanha, mas ministério do Emprego espanhol prefere manter prudência sobre esta evolução em um contexto de recessão. Junho costuma ser um bom mês para o emprego no país, graças aos contratos temporários no setor turístico durante o verão.

Espanhóis aguardam na fila de agência pública de emprego de Madri, nesta terça-feira.
Espanhóis aguardam na fila de agência pública de emprego de Madri, nesta terça-feira. REUTERS/Andrea Comas
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O número de desempregados na Espanha teve forte queda no mês de junho, com quase 100.000 pessoas a menos, uma tendência registrada pelo terceiro mês consecutivo. Isso representa uma queda de 2,10%, no entanto, em termos anuais, a tendência continua em alta, com um aumento de 11,97%.

“Teremos que efetuar um acompanhamento da evolução dos números do desemprego depois deste bom dado do mês de junho para verificar se a tendência se comprova”, explicou a secretária de estado do Emprego Engracia Hidalgo, considerando que junho é normalmente um bom mês para encontrar trabalho.

Hidalgo lembra em um comunicado que o governo espera uma queda de 1,7% da atividade econômica este ano, o que complica a perspectiva de uma melhora do emprego em um país que voltou a entrar em recessão no início de 2012.

Antes de registrar esta queda, o número de pessoas sem trabalho na Espanha aumentou durante oito meses seguidos. O país tem a taxa de desemprego mais alta dos países industrializados, 24,4% da população ativa, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que utiliza um método diferente do ministério do Emprego.

Empregos de verão

Para os jovens de menos de 25 anos, os mais afetados pelo desemprego, a diminuição foi mais clara. De 7,61% ao ano, com 37.338 desempregados a menos. Junho costuma ser um bom mês para o emprego na Espanha, graças aos contratos temporais no setor turístico durante o verão.

“Ainda que junho seja um mês tradicionalmente bom para o emprego, nunca uma queda tão acentuada tinha sido alcançada desde 1996”, afirmou em um comunicado a secretária de Estado de Emprego.

Este ano, a queda foi maior que em 2011, quando foram registrados 67.858 desempregados a menos no mesmo mês.

Entre os setores de atividade, somente o agrícola viu aumentar o número de desempregados (+1.182), enquanto todos os demais registraram baixas, especialmente o da construção (-17.124), os serviços (-52.654) e a indústria (-9.970).

O governo prevê, no entanto, uma taxa de desemprego muito alta no final de 2012, de 24,3% antes de começar a descer em 2013 (24,2%). A Espanha voltou a entrar em recessão no primeiro trimestre do ano, com uma queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), apenas dois anos depois de ter saído de outro período de recessão. O ministro da Economia, Luis de Guindos, e o Banco da Espanha indicaram que esperam uma queda ainda mais forte no segundo trimestre deste ano.

 

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