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Síria/ Violência

Governo brasileiro condena massacre na Síria

O Itamaraty publicou nesta sexta-feira uma nota condenando o Massacre na cidade de Trem-seh, na quinta-feira, onde mais de 200 pessoas morreram. A violência continua neste sábado na Síria. Centenas de soldados atacaram a cidade de Deraa, no sul do país. Segundo o Observatório sírio dos direitos humanos, cerca de 28 pessoas morreram.

Homens caminham entre ruínas do bairro de Bab Tobmor em Homs, na quinta-feira (12). O governo brasileiro condenou a violência contra civís na Síria.
Homens caminham entre ruínas do bairro de Bab Tobmor em Homs, na quinta-feira (12). O governo brasileiro condenou a violência contra civís na Síria. REUTERS/Yazen Homsy
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“O Brasil condena veementemente a repressão violenta contra civis desarmados”, diz o comunicado. O governo brasileiro também pede ao governo sírio que interrompa imediatamente as ações militares e coopere com a Missão da ONU, além de reiterar seu apoio aos resultados da Conferência de Ação sobre a Síria, realizada em Genebra, em junho.

Mesmo com as condenações internacionais ao massacre de Trem-seh, a violência continuou na Síria neste sábado. Centenas de soldados atacaram a cidade de Deraa no sul da Síria. Segundo o Observatório sírio dos direitos humanos, cerca de 28 pessoas morreram. Na província de Homs, no centro do país, uma mulher grávida morreu no cerco à cidade de Qousseir, e outras três pessoas durante confrontos com o exército nos bairros rebeldes de Homs.

Perto de Damasco, sete civis, entre eles quatro mulheres e uma criança morreram quando uma bomba atingiu uma casa na cidade de Douma. Em Alepo, no norte, os combates deixaram seis mortos entre os rebeldes e cinco entre os soldados na região de Tall Slor, na fronteira com a Turquia.

Na sexta-feira, pelos menos 118 pessoas morreram em combates na Síria, segundo a OSDH. Segundo a organização, mais de 17.000 pessoas morreram desde o começo da revolta em março de 2011.

Inação

Diante da falta de ação internacional, o secretário geral da Onu, Ban Ki Moon, disse na sexta-feira que um fracasso do Conselho de Segurança para pressionar Assad seria “uma licença para novos massacres”.

Ban Ki Moon disse que o Conselho de Segurança da ONU, dividido entre aplicar ou não sanções a Damasco, deve enviar “uma mensagem forte a todos, sobre as sérias conseqüências”, caso Assad não aplique o plano de paz do emissário internacional Kofi Annan.

O ex-secretário geral da ONU, representante na Síria das Nações Unidas e da Liga Árabe, disse na sexta-feira ao Conselho de Segurança que o governo sírio “desacatou” as resoluções da organização internacional com o novo massacre cometido na quinta-feira no país.

Annan vem sofrendo críticas da oposição síria, que considera que o emissário não consegue pressionar Assad como deveria. Ontem o Conselho Nacional Sírio e a Irmandade Muçulmana no país responsabilizaram a falta de ação de Annan e do Conselho de segurança pelo massacre de Treimsa.

Teerã reiterou hoje estar disposto a “desempenhar seu papel”, junto a outros países da região como mediador do diálogo entre o governo e a oposição na Síria.

Irã, aliado de Damasco, propôs várias vezes utilizar sua influência para ajudar a resolver a situação, mas a oposição síria e alguns países ocidentais e árabes, acusam Teerã de ajudar militarmente o regime de Assad e se opõem.

 

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