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Imprensa francesa

Taxação de 75% nos salários de executivos milionários provoca exílio fiscal

Nem entrou em vigor e a lei que prevê a aplicação de 75% de imposto sobre os salários de quem ganha mais de 1 milhão de euros na França já provoca um exílio fiscal, denuncia o jornal Le Figaro que circula nesta segunda-feira. Muitas empresas francesas estão instalando seus executivos em outros países para escapar de uma taxação que o jornal conservador considera uma aberração já que transfere para outros governos a arrecadação de impostos de altos salários.

Diários franceses - 02/07/2012
Diários franceses - 02/07/2012
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Segundo Le Figaro, é para Londres que as multinacionais francesas estão transferindo seus executivos mais caros, revela o jornal. Em editorial, o Le Figaro afirma que o simples fato de ver as fortunas enchendo os cofres do Reino Unido e ajudando a financiar a seguridade social e o sistema de saúde dos britânicos deveria provocar uma profunda reflexão no governo francês.

O econômico Les Echos traz em sua manchete principal a informação de que o cruzamento de dados da administração pública francesa contribui para identificar melhor a fraude fiscal e social no país que ultrapassou 4 bilhões de euros em 2011, uma alta de 16% em relação ao ano anterior. O comunista L'Humanité diz revelar as verdadeiras motivações da empresa Peugeot Citroen para anunciar os detalhes de seu plano de demissão de 8 mil trabalhadores. Entre os motivos apontados pelo jornal estão a queda nas vendas mas também os efeitos das políticas de austeridade em vários países europeus e até a campanha do patronato francês para reduzir o custo do trabalho no país.

Libération dedica sua reportagem principal à cerimônia de ontem dos 70 anos do crime conhecido com Vél d'Hiv em que milhares de crianças judias foram detidas para serem enviadas aos campos de concentração nazistas. Ao reconhecer a responsabilidade do governo francês no episódio, o presidente François Hollande rompeu com a postura adotada pelo ex-presidente socialista François Mitterand e seguiu o exemplo do conservador Jacques Chirac, o primeiro a admitir que o crime foi cometido pela administração pública francesa.

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