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Síria/crise

Exército bombardeia e promove onda de prisões em Damasco

O exército sírio ampliou sua ofensiva contra os opositores na madrugada desta segunda-feira em Damasco e bombardeou diversos bairros ao sul da capital. Pela primeira vez, o regime realizou uma operação pente fino e prendeu diversos moradores no centro da cidade. Testemunhas disseram que durante a operação muitos tiros foram disparados.

Rebeldes do Exército Livre Sírio durante combates contra as forças de Bashar Al-Assad na tarde de domingo em Aleppo, a segunda maior cidade do país.
Rebeldes do Exército Livre Sírio durante combates contra as forças de Bashar Al-Assad na tarde de domingo em Aleppo, a segunda maior cidade do país. REUTERS/Goran Tomasevic
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As forças do governo do presidente Bashar Al-Assad também promoveram novos ataques em outras cidades da periferia de Damasco. Combates continuam em Aleppo, a segunda maior cidade do país, onde os militares dão seguimento à ofensiva terrestre. Em Chaghour, o exército sírio arrombou portas de lojas em greve que protestam contra o regime. Já no centro do país, a cidade Palmyre é bombardeada e os rebeldes são combatidos com a ajuda de helicópteros.

Em Homs, os soldatos executaram dez jovens de uma multidão de 350 pessoas, de acordo com o Conselho Nacional Sírio, principal coalizão da oposição. Já em Damasco, o jornalista Ali Abbas, da agência oficial Sana, foi assassinado em sua casa.

Só nesta segunda feira, pelo menos 15 pessoas já morreram na capital e outras três em Deraa, no sul do país, de acordo com um balanço inicial feito pelo Observatório sírio de Defesa dos Direitos Humanos. Ontem, as violências resultaram em 146 mortos, entre eles, duas crianças.

Nova tentativa diplomática

Apesar do aumento da violência e da repressão, nos últimos dias, a comunidade internacional fracassa em encontrar uma saída para a crise na Síria. Em uma nova tentativa diplomática, a Arábia Saudita realiza uma cúpula amanhã em Meca, onde reunirá durante dois dias dirigentes de 57 países da Organização de Cooperação Islâmica.

Antes de partir para o encontro, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fez hoje um apelo para os países muçulmanos se unirem. Sem citar diretamente a Síria, Ahmadinejad declarou que uma parte da energia dos governos e das comunidades muçulmanos é gasta em conflitos internos. “Espero que esta reunião vá se focalizar no reforço da unidade e no enfraquecimento do ódio”, enfatizou.

Teerã é um grande aliado de Damasco enquanto a Arábia Saudita e diversos outros países apoiam os rebeldes e defendem a queda do presidente Bashar Al -Assad.

 

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