Reabilitação do centro de São Paulo ganha destaque no Libération
O jornal Libération chegou às bancas hoje com duas páginas de reportagem e a capa de seu caderno especial de verão dedicada à cidade de São Paulo. O jornal traz uma reportagem feita no centro para a reabilitação das ruas em torno da estação da Luz. O Libé diz que São Paulo tem na verdade vários centros, mas curioso é notar que no centro histórico da cidade, não se vê a presença de pessoas com situação financeira estável, como é o caso nas capitais europeias. Não há o menor sinal de burguesia na região, constata o Libération.
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O jornal relata que há 30 anos o poder público tenta reabilitar a Luz, mas a cracolândia põe medo nas pessoas e afasta as classes média e alta do local. Se tiver de melhorar um dia, o velho centro de São Paulo vai contar com o voluntarismo individual de alguns corajosos, estima o Libération. O jornal fala sobre o medo dos paulistanos mais abastados de se misturar com os mais pobres, como aconteceu recentemente no bairro de Higienópolis, quando os moradores vetaram a construção de uma estação do metrô "com medo da chegada dos pobres e das barraquinhas de churrasco".
Reformas de Hollande na mira dos editorialistas
As reformas anunciadas ontem pelo presidente François Hollande e seu rimeiro-ministro Jean-Marc Ayrault são alvo de comentários acalorados nos jornais de hoje. Algumas medidas são elogiadas, como o empenho do governo socialista em combater o forte desemprego entre os jovens de até 25 anos, com contratos de trabalho subsidiados. Outras medidas, como a redução dos impostos cobrados nos preços dos combustíveis, para aliviar o bolso do consumidor, são criticadas pelo jornal Le Figaro, que considera que haverá perda de arrecadação para os cofres públicos num momento de crise.
O jornal Le Parisien publica uma tabela com vinte promessas de campanha de Hollande e demonstra que ele só cumpriu até agora sete propostas. O jornal também assinala que apesar de Hollande ter feito campanha criticando os ganhos abusivos do mercado financeiro e a ganância dos empresários, o líder socialista é pragmático e vai receber hoje, no Palácio do Eliseu, a fina flor dos dirigentes de empresas cotadas na Bolsa de Valores de Paris. Doze dirigentes de grandes empresas francesas, alguns simpáticos aos projetos do governo socialista, vão discutir com o presidente meios de reerguer a economia francesa.
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