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Naufrágio

Pesqueiro com 100 imigrantes ilegais naufraga na costa italiana

O naufrágio de um barco de imigrantes próximo à ilha de Lampedusa, na Sicília, matou uma pessoa e deixou entre 40 e 50 desaparecidas. A guarda-costeira italiana conseguiu salvar 56 pessoas, entre eles uma mulher. De acordo com o comandante da guarda, Filippo Marini, os resgatados estavam próximos ou sobre a ilhota de Lampione. Todos estão em boas condições de saúde, ainda que alguns tenham sofrido hipotermia por conta do tempo passado na água.

Barcos pesqueiros repletos de imigrantes da África do Norte fazem parte da paisagem em Lampedusa. Foto de abril de 2011
Barcos pesqueiros repletos de imigrantes da África do Norte fazem parte da paisagem em Lampedusa. Foto de abril de 2011 Reuters/Antonio Parrinello
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Não é possível saber ao certo quantas pessoas estão desaparecidas, mas sobreviventes afirmam que havia cerca de 100 pessoas a bordo quando a embarcação partiu da Tunísia. Lanchas da guarda-costeira e da polícia financeira, helicópteros e três equipes da Otan - uma italiana, uma alemã e uma turca - participam das buscas. Embarcações privadas e de centros de mergulho da região também foram convocadas para os trabalhos.

Foi um dos passageiros que avisou as autoridades que o pesqueiro de dez metros estava afundando, a 22 quilômetros de Lampedusa. O alerta foi feito a partir de um telefone celular, por volta das 16h de quinta-feira (11h em Brasília). No início da madrugada, os primeiros náufragos foram retirados do mar pelas lanchas da guarda-costeira.

Crime sem culpado
Até agora, não se sabe o motivo do acidente, mas as autoridades trabalham com duas hipóteses: ou o barco foi inundado e afundou rapidamente ou - hipótese menos provável - o comandante fez uma meia-volta brusca para tentar retornar à Tunísia. A promotoria pública de Agrigento, na Sicília, abriu um inquérito de "homicídio e incitação à imigração clandestina" contra os intermediários (os responsáveis pelo recrutamento e o transporte dos imigrantes).

No entanto, para a porta-voz do alto comissariado da ONU para os refugiados na Itália, Laura Boldrini, procurar intermediários é um esforço vão. "Hoje em dia, os migrantes se organizam e levam o barco por conta própria. Trata-se, frequentemente, de gente que não tem nenhum conhecimento marítimo", disse.

Lampedusa, uma ilha de 20km² localizada a menos de 100 km da costa norte-africana é a principal porta de entrada da União Europeia para imigrantes de países como a Tunísia, a Líbia e o Egito.

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