Acesso ao principal conteúdo
EUA/Economia

FED anuncia medidas de estímulo à economia dos EUA e não eleva juros

O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, anunciou nesta quinta-feira novas medidas para estimular sua economia. Injetando recursos no mercado, a instituição espera criar uma dinâmica para combater o desemprego. As taxas de juros vão continuar baixas por mais três anos.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, anuncia o novo programa de estímulo à economia, em Washington, em 13 de setembro de 2012.
O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, anuncia o novo programa de estímulo à economia, em Washington, em 13 de setembro de 2012. Reuters/Jonathan Ernst
Publicidade

O banco vai comprar US$40 bilhões por mês em títulos hipotecários e continuará a adquirir ativos até a crise do desemprego melhorar. Trocando os papéis "podres" por dinheiro, o Fed espera dar uma injeção de recursos no mercado. Com mais dinheiro circulando, a economia deve reagir e acelerar.

A decisão do banco central americano comprar papéis podres é diretamente ligada ao desemprego. "Se as perspectivas do mercado do trabalho não melhorarem, a instituição continuará a comprar esses títulos e a empregar outros instrumentos de política monetária de modo apropriado", indicou o Comitê de Política monetária do Federal Reserve, em um comunicado. A última estatística do departamento de Trabalho americano aponta que 8,1% da população ativa está desempregada.

A iniciativa do banco, porém, é criticada por vários países, entre eles, o Brasil: os bilhões de dólares injetados no mercado acabam saindo dos Estados Unidos e com uma avalanche de bilhetes verdes no estrangeiro, a cotação da moeda americana acaba caindo, o que prejudica as exportações.

Juros baixos

Outro anúncio importante feito nesta quinta-feira pelo Fed: as taxas de juros, que estão nos patamares mínimos (de 0 a 0,25%), também não vão aumentar até meados de 2015.

Previsões

O Federal Reserve baixou sua previsão de crescimento para 2012 e aumentou as de 2013 e 2014. Para este ano, a projeção é de um Produto Interno Bruto (PIB) em alta de 1,7% a 2% contra a estimativa de 1,9% a 2,4%, calculada em junho. Em compensação, o PIB deve crescer de 2,5% a  3% em 2013  e entre 3% e 3,8% em 2014. As projeções anteriores eram mais baixas, respectivamente de 2,2% a 2,8% e de 3% a 3,5%.

Para o desemprego, o Fed calcula uma taxa entre 8% e  8,2% neste ano, com tendência a diminuir nos anos seguintes: entre 7,6% e 7,9% em 2013 e entre  6,7% e 7,3% em 2014 .

 

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.