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Imprensa

Combate ao desemprego na França exige reformas no mercado de trabalho, adverte a imprensa

O diário econômico Les Echos analisa as razões que levam à explosão do desemprego na França. Em agosto o país bateu a marca simbólica dos 3 milhões de desempregados e, somente nos três últimos meses, mais 100 mil pessoas perderam o trabalho.

Capa do jornal francês Les Echos desta quinta-feira, (27)
Capa do jornal francês Les Echos desta quinta-feira, (27) http://www.lesechos.fr
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Em seu editorial, o Les Echos diz que o Executivo francês tem dois caminhos a seguir. O primeiro é "rezar" para que o crescimento mundial retorne, uma aposta arriscada na atual conjuntura. Em vez de esperar de braços cruzados, é melhor o governo encarar um segundo caminho. "Dar uma demonstração de audácia e realizar reformas estruturais profundas", mesmo se para isso tiver de enfrentar a resistência de setores conservadores. O presidente François Hollande sempre foi descrito como sendo um político realista, sutil e hábil, observa o jornal. "Está na hora de mostrar se a imagem corresponde à realidade", conclui o editorial.

No diário conservador Le Figaro, o presidente da Renault Nissan, Carlos Gohn, chama a atenção das autoridades para os problemas de competitividade da indústria francesa. No caso do setor automobilístico, por exemplo, os franceses cometeram o erro estratégico de se fixar nos modelos para a classe média, um segmento extremamente competitivo. Por problemas de custo elevado e design não adaptado aos mercados emergentes, o carro francês acabou perdendo terreno no mercado mundial. Gohn prega uma revisão urgente da política industrial na França e a flexibilização da legislação trabalhista. "Não é possível preservar empregos a qualquer preço, se isso coloca em perigo a sobrevivência das empresas", declara o executivo.

Em meio ao debate sobre o desemprego e o mercado de trabalho, o progressista Libération sai com uma manchete aparentemente paradoxal. O ministro da Educação lançou um programa de recrutamento de urgência de 40 mil professores em 2013. Porém, há poucos interessados. Um problema, segundo o Libé, ligado à desvalorização social da profissão nos últimos anos.

 

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