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Imprensa

Hollande diz que Europa está prestes a sair da crise

A cúpula de líderes da União Europeia que começa nesta quinta-feira em Bruxelas é o tema em destaque nas manchetes dos principais jornais franceses. Os diários comentam as declarações do presidente François Hollande, que concedeu uma entrevista a seis jornais europeus para explicitar suas posições e disse acreditar que a Europa está a ponto de encontrar uma saída para a crise das dívidas.

O presidente francês, François Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel encontram-se nesta quinta-feira com chefes de Estado e de Governo da UE em Bruxelas.
O presidente francês, François Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel encontram-se nesta quinta-feira com chefes de Estado e de Governo da UE em Bruxelas. REUTERS/Michaela Rehle
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Le Figaro destaca o fato de que François Hollande reconheceu suas divergências com Angela Merkel. O chefe de Estado francês insistiu que o projeto de supervisão bancária em nível europeu - condição necessária para a interferência do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do Banco Central Europeu em benefício dos países endividados - deve ser aprovado até o final do ano, uma posição diametralmente oposta àquela defendida pelos alemães.

Hollande também defende uma mutualização parcial das dívidas por meio da emissão de eurobonds, os títulos europeus. Essa partilha dos riscos financeiros é vista com maus olhos por Berlim.

Essas diferenças de opinião podem, segundo o jornal conservador, comprometer o sucesso da cúpula que inicia hoje em Bruxelas.

Em editorial, o diário afirma que no braço de ferro entre as duas maiores economias europeias lembra o paradoxo do ovo e da galinha. "A Alemanha quer o controle orçamentário antes da solidariedade. A França quer a solidariedade antes do controle", resume Le Figaro.

"Uma Europa, dois orçamentos?", pergunta a manchete do jornal católico La Croix. O Conselho Europeu discute hoje em Bruxelas sobre o orçamento da zona do euro, e segundo o diário os Estados da União Europeia que estão fora da união monetária temem ficar isolados.

O jornal Libération traz reportagens sobre as consequências dos planos de austeridade na vida de três famílias dos países europeus mais atingidos pela crise: Grécia, Portugal e Espanha. "A Europa a ponto de morrer curada", diz um dos títulos do diário progressista, que enfatiza o contraste entre o otimismo do presidente francês François Hollande, para quem o bloco está prestes a sair da crise, e o desespero das populações dos países do sul da União Europeia.

Para dar uma ideia do tamanho do problema social que essas nações enfrentam, Libération lembra que o índice de desemprego entre os jovens é de 55,4% na Grécia , 52,9% na Espanha e 36,4% em Portugal - muito mais alto que a média da União Europeia, que é de 22,5%. A Espanha é a recordista do bloco em desigualdade social, já que os 20% mais ricos do país ganham 7,5 vezes mais que os 20% mais pobres.

Brasil

Em seu caderno de economia, Le Figaro destacou a inauguração da hidrelétrica de Estreito no norte do Brasil pelo grupo francês GDF Suez. Esse investimento de mais de € 2 bilhões confirma o papel cada vez importante do país no crescimento da empresa, diz o jornal.

Outro investimento francês no Brasil é tema de uma reportagem no diário econômico Les Echos. O grupo de eletrônica Orolia, especialista dos relógios atômicos utilizados em satélites, telecomunicações e sistemas de navegação, acaba de abrir uma filial em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Segundo o jornal, o grupo francês quer explorar o potencial de crescimento do mercado local e evitar as fortes barreiras alfandegárias brasileiras.

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