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Líbano/ Violência

Oposição no Líbano convoca mobilização contra Síria

A oposição libanesa convocou uma mobilização massiva contra a Síria, no domingo, durante o funeral do chefe da Inteligência do Líbano, Wissam al-Hassan, em Beirute. A morte do general sunita, em um atentado a bomba na sexta-feira, provocou um terremoto político no país. A oposição acusa o regime de Bashar al-Assad pelo atentado.

Partidários das Forças Cristãs libanesas protestam contra o assasinado de chefe da Inteligência, neste sábado (20).
Partidários das Forças Cristãs libanesas protestam contra o assasinado de chefe da Inteligência, neste sábado (20). REUTERS
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A oposição pediu a demissão do primeiro ministro, Najib Mikati, neste sábado, e a dissolução de seu governo, que tem uma participação importante do Hezbollah xiita, aliado do presidente sírio Bashar al-Assad. Apesar dos apelos, Mikati escolheu ficar no posto alegando “interesse nacional” e para evitar “o vazio político” que poderia mergulhar o país fragilizado no caos.

“Eu garanti ao presidente que não estava preso ao posto de chefe de governo. Ele me pediu para ficar porque não se trata de uma questão pessoal, mas de interesse nacional”, disse Mikati depois de uma reunião do conselho de ministros, em que deixou seu posto à disposição do presidente.

O país foi palco de violência nesta sábado, principalmente nas regiões de maioria sunita. Em Trípoli, no norte do Líbano, um cheik sunita morreu e cinco pessoas ficaram feridas em trocas de tiros. As estradas foram obstruídas com pneus queimados em todo o país.

Funeral

Milhares de pessoas são esperadas no centro de Beirute para o funeral previsto no começo da tarde de domingo, na mesquita Al Amine. O general será enterrado no mausoléu de Rafic Hariri, segundo o general Achraf Rifi, chefe da Força de Segurança Interior. A família do general, sua esposa e seus dois filhos, que moram na França voltaram para Beirute no sábado.

O general Hassan, o mais alto responsável da segurança do Líbano a ser assassinado desde o fim da guerra civil, de 1975 a 1990, desempenhou um papel importante nas investigações sobre atentados que visavam, entre 2005 e 2008, personalidades libanesas que eram contra a Síria.

Segundo especialistas e a oposição libanesa, o governo sírio é o suspeito número um do assassinato que demonstraria que mesmo enfraquecido pela revolta, o poder em Damasco ainda teria meios de agir no país vizinho.

O assassinato reaviva a disputa entre partidários e opositores do regime sírio no Líbano.
 

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