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Imprensa

Grupos mafiosos estrangeiros estão invadindo a França, diz Le Figaro

O diário conservador Le Figaro revela em sua edição de hoje trechos de um relatório de 93 páginas da Polícia Judiciária (PJ) francesa com informações confidenciais sobre o tráfico de drogas e a "invasão" de traficantes estrangeiros na França.

Unidade de combate ao crime no setor norte de Marselha
Unidade de combate ao crime no setor norte de Marselha REUTERS/Stringer
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Segundo o relatório do Serviço de Inteligência e Análise sobre o Crime Organizado, o consumo de drogas no país gera uma receita anual de 2 bilhões de euros aos traficantes, mais de 5 bilhões de reais, a metade proveniente da venda de maconha e a outra metade de outros tipos de drogas.

Não existe uma máfia francesa propriamente dita, segundo os policiais, e sim uma multiplicidade de pequenas organizações criminosas atuantes em bairros pobres e periferias urbanas. Esses grupos, de atuação local e especializada, são responsáveis por crimes de tráfico de drogas, falsificação de dinheiro, roubo a mão armada, extorsões violentas e acertos de contas. Em 2011, a Polícia Judiciária francesa contabilizou 28.770 infrações à lei cometidas por esses grupos mafiosos. No caso da maconha, formou-se uma rede extremamente organizada com fornecedores do Marrocos, a ponto de ser a principal fonte de receita da economia informal na França.

Ao lado das gangues criminosas tradicionais, atuantes na ilha da Córsega, em Marselha e no meio cigano, surgiram nos últimos anos grupos estrangeiros ligados a redes de tráfico internacionais e uma nova geração de jovens traficantes franceses, moradores de conjuntos habitacionais das periferias urbanas, geralmente afetados pelo alto índice de desemprego. Essa descentralização do crime dificulta o trabalho de combate da polícia, afirma Le Figaro. O jornal informa que a polícia monitora cinco grupos mafiosos estrangeiros originários da Itália, Turquia, Tchechenia, África e Ásia.

Em Paris, o maior motivo de preocupação da polícia são os grupos especializados em crimes financeiros, que fraudam o Estado e o setor privado, afirma o relatório da PJ.
 

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