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Argentina/Gana

Argentina reivindica na ONU ajuda para liberar embarcação retida em Gana

O chanceler argentino, Héctor Timerman, reivindicou nesta segunda-feira nas Nações Unidas a libertação da fragata ''Liberdad'', retida desde o começo do mês em Gana por um embargo judicial. Para a diplomacia argentina, a ação é ilegal.

Navio argentino “Liberdade”, retido no porto ganense de Tema.
Navio argentino “Liberdade”, retido no porto ganense de Tema. REUTERS/Stringer
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O ministro das Relações Exteriores da Argentina se reuniu em Nova York com o presidente do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador guatemalteco Gert Rosenthal, com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e com o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Vuk Jeremic. Após o encontro, Ban Ki-moon  se comprometeu a mobilizar a ONU para ajudar nas negociações entre Gana e a Argentina.

A embarcação argentina “Libertad” está retida em Gana desde o começo do mês a pedido do fundo especulativo NML. O fundo tenta receber o pagamento dos títulos da dívida que foi suspenso com o calote de 2001. Essa não é a primeira vez que o fundo tenta bloquear bens argentinos no exterior. Ele já tentou recuperar ativos do Banco Nación em Nova York e até da embaixada argentina em Paris. Valendo-se da imunidade diplomática, a Argentina conseguiu impedir essas ações.

A presidente argentina Cristina Kirchner declarou ontem que, enquanto ela for presidente, "os fundos abutres não conseguirão tocar na soberania e na dignidade do país”. O mesmo tom firme é adotado pelo chanceler argentino.

"A decisão do governo argentino é não negociar com os fundos abutres. Nunca um 'fundo abutre' conseguiu se apropriar de uma propriedade do governo argentino. Sempre fracassaram, nos Estados Unidos, na Alemanha, na França e na Suíça", declarou.

Os "fundos abutres" são conhecidos por comprarem títulos da dívida de países em situação de moratória para, posteriormente, negociarem o pagamento integral. O fundo NML Capital, com sede nas Ilhas Caiman, recusou a proposta argentina de trocar entre 2005 e 2010 sua dívida, em ''default'' desde 2001. O fundo exige um pagamento de US$ 370 milhões de dólares (R$ 749 milhões), mas, na época, a Argentina aceitava pagar no máximo US$ 100 milhões (R$ 202 milhões).

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