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Oposição entre França e Alemanha freia união monetária na União Europeia

O freio no projeto de uma união econômica e monetária no bloco europeu e os primeiros problemas no orçamento da França para o ano que vem ganharam as manchetes da imprensa francesa nesta quinta-feira.

RFI
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O jornal Libération escreve em sua manchete que a Europa está congelada. O título faz alusão ao frio cada mais intenso no continente mas traduz principalmente a paralisia no projeto de uma união econômica e monetária entre os 27 países que compõem a União Europeia. Às vésperas da Cúpula que será aberta hoje em Bruxelas e que deveria reforçar os laços econômicos do bloco, a França e a Alemanha decidiram recuar, escreve o Libé. A decisão de seguir adiante com o projeto de uma verdadeira união econômica e monetária foi transferida para depois das eleições legislativas de 2013 porque Paris e Berlim divergem sobre o mecanismo que prevê maior controle dos orçamentos e solidariedade entre os países da zona do euro.

O Le Figaro diz que a reunião do Conselho Europeu vai mais uma vez mostrar o choque entre França e Alemanha. Os dois países não chegaram a um acordo antes de sentar à mesa, o que tem sido uma marca desde a chegada do presidente Hollande ao poder. O governo alemão, escreve o Le Figaro, acha que o projeto apresentado pelo presidente da União Europeia é muito próximo das idéias defendidas pela França. A chanceler Angela Merkel é contra, por exemplo, a criação de um fundo europeu de absorção de crise. Este fundo poderia ajudar os países atingidos por um desemprego em alta, como quer a França. A Alemanha defende uma união econômica que torne a Europa mais competitiva, afirma o jornal conservador.

Les Echos afirma em sua manchete que o orçamento da França começa a enfrentar seus primeiros problemas. A decisão ontem do parlamento europeu de desbloquear os chamados fundos estruturais tem como impacto um aumento de 837 milhões da contribuição da França para o bloco no ano que vem. Ou seja, o país vai desembolsar quase 20 bilhões e meio para a União Europeia. O minstério francês das Finanças já alertou todos os outros ministérios que além das economias já previstas, eles terão que apertar um pouco mais o cinto. E isso num momento em que o governo lança novos projetos como o financiamento para geração de novos empregos e combate à pobreza.

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