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Imprensa

Imprensa evoca isolamento da França na luta contra os radicais islâmicos na África

A intervenção militar francesa no Mali ocupa as manchetes dos jornais de hoje. A imprensa evoca o isolamento da França no combate aos jihadistas, já que o país é por enquanto a única potência ocidental envolvida diretamente nos enfrentamentos terrestres contra os extremistas islâmicos.

Capa do jornal francês Libération desta quinta-feira, (17)
Capa do jornal francês Libération desta quinta-feira, (17) liberation.fr
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No momento em que muitos questionam se a França agiu bem ao ir sozinha para o front de guerra, o jornal de esquerda Libération busca demonstrar que o presidente François Hollande tomou a decisão acertada.

O sequestro, ontem, de dezenas de ocidentais e argelinos no campo de gás no sul da Argélia, feitos reféns pelos terroristas da Al Qaeda do Magreb Islâmico, sublinha de maneira dramática, segundo o Libération, a natureza internacional desse conflito.

Essa guerra no Mali, em que a França está na linha de frente, não é uma guerra conduzida pelo ex-colonizador, escreve o Libé. O jornal destaca que os Estados Unidos "deram apoio logístico desde o início da intervenção; milhares de soldados das forças africanas entrarão em ação nos próximos dias". Para o jornal, o combate aos extremistas islâmicos na África requer uma ampla mobilização internacional.

O diário católico La Croix afirma que o presidente François Hollande recebeu amplo apoio diplomático dos vizinhos europeus. A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que o combate ao terrorismo envolve toda a Europa. Porém, o La Croix constata que a aprovação diplomática não se manifesta em apoio militar, o que é um problema. Apesar de a França tentar se desligar de seu antigo papel colonial, diz o La Croix, o tempo todo a ONU, a Europa e os próprios países africanos cobram da França sua responsabilidade como ex-potência colonial.

O diário conservador Le Figaro declara em seu editorial que a colaboração da Argélia é fundamental para resolver o conflito e levar a termo a luta contra o terrorismo islâmico no Mali. O assalto dos islamitas ao campo de gás é a prova que eles buscam a internacionalização do conflito, e a Argélia, que mantém até hoje uma complicada relação com os franceses pelo período colonial, deve decidir se está mesmo engajada a combater os grupos terroristas islâmicos, afirma o Le Figaro.

O diário econômico Les Echos também assinala que a Al Qaeda do Magreb Islâmico quer envolver a Argélia no conflito no Mali e para isso escolheu como alvo atacar um setor essencial para a economia do país, a exploração do gás.
 

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