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Sequestro em refinaria da Argélia pode ter tido a cumplicidade de funcionários

Os jornais desta sexta-feira dão amplo destaque à intervenção militar da Argélia na refinaria de gás de In Amena. O conservador Le Figaro afirma que a captura dos reféns tomou um rumo dramático, destacando que um francês estava entre os jihadistas mortos.

Capas de jornais franceses.
Capas de jornais franceses. RFI
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Le Figaro publica testemunhos de reféns que conseguiram escapar do local. Eles afirmam que os radicais islâmicos entraram na refinaria atirando com metralhadoras, e conforme capturavam os reféns, amarravam as pessoas e as enfileiravam ao lado de explosivos. As testemunhas ouvidas estimam que os terroristas nunca poderiam ter entrado no local se não tivessem recebido informações precisas de pessoal interno da refinaria.

Le Figaro comenta o descontentamento de países ocidentais, como Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Noruega, que tinham cidadãos trabalhando no local e não foram avisados antecipadamente da intervenção militar argelina. Por outro lado, o jornal afirma que a Argélia enfrenta há décadas uma guerra sem fim contra terroristas islâmicos.

Drama também é a palavra usada em manchete pelo diário católico La Croix. Segundo o jornal, a queda do regime de Muammar Kadhafi na Líbia deu aos grupos extremistas da região uma oportunidade de se armar e se reorganizar para atacar com mais força alvos africanos e ocidentais.

Para o progressista Libération, houve um desfecho sangrento para os reféns. "A Argélia optou pela força e isso é uma demonstração de que o regime de Argel está decidido a lutar com firmeza contra os extremistas em seu território e também no Mali", escreve o Libération. O jornal considera que o governo da Argélia deve ser reconhecido por isso, já que durante muitos anos manteve uma posição ambígua em relação ao terrorismo islâmico.

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