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Argélia

Corpos de mais 25 reféns são encontrados em usina na Argélia

Os corpos de 25 reféns foram encontrados hoje pelas forças especiais da Argélia na usina de gás de In Amenas. A informação é da televisão argelina privada Ennahar. De acordo com a televisão, não há dúvidas de que os corpos são de trabalhadores da usina. Citando fontes oficiais, a rede afirma que a operação de « limpeza » do campo de gás ainda levará 48 horas.  

Reprodução de imagem de vídeo mostra reféns do campo de gás de In Amenas setandos contra um muro.
Reprodução de imagem de vídeo mostra reféns do campo de gás de In Amenas setandos contra um muro. REUTERS/Ennahar
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O ministro da Comunicação da Argélia, Mohamed Saïd, afirmou neste domingo que, "infelizmente o saldo de mortos deve ser revisto para cima". “O balanço definitivo será conhecido nas próximas horas”, disse Saïd. Ainda de acordo com o ministro, as forças especiais continuam em busca de novas vítimas. Ontem, em um primeiro balanço, o governo havia anunciado a morte de 23 reféns estrangeiros e argelinos, e de 32 sequestradores.

As testemunhas da tomada dos reféns relatam que o grupo de sequestradores era extremamente violento. A mãe de Stephen McFaul, 36, trabalhador irlandês do campo de gás, contou ao jornal Sunday Mirror que o filho foi obrigado a usar um cinto carregado de explosivos. Ele conseguiu escapar durante uma troca de tiros entre os rebeldes e o exército argelino.

Entre os reféns mortos, estão confirmados os nomes de vítimas da França, dos Estados Unidos, da Romênia e do Reino Unido. O premiê britânico, David Cameron, afirma que três cidadãos que trabalhavam na usina estariam provavelmente mortos. O governo japonês declarou que 10 japoneses continuam desaparecidos. O governo da Malásia também afirma não ter notícias de dois cidadãos do país. Testemunhas da operação declararam que nove japoneses foram executados pelos invasores da usina, três deles em uma tentativa de fuga.

O grupo de petróleo noruegês, Statoil, que administra a usina de In Amenas com o britânico BP e o argelino Sonatrach, confirma o desaparecimento de três noruegueses. Em um comunicado, o presidente do Statoil, Helge Lund, escreveu que os familiares e próximos das vítimas têm passado “horas e dias difíceis”.

Fuga do deserto

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou que trabalhador colombiano está desaparecido e o governo das Filipinas tenta obter mais informações com as autoridades argelinas.

Um grupo de reféns, incluindo um norueguês de 57 anos, relatou à imprensa norueguesa que, depois de conseguirem escapar, passaram 15 horas no deserto e caminharam 50 quilômetros para conseguirem chegar a cidade mais próxima.

 

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