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Argélia/Terrorismo

Argélia continua busca de corpos de vítimas em campo de gás

O exército da Argélia continua nesta segunda-feira a busca por corpos no campo de gás de In Amenas na Argélia após 4 dias de um sequestro que teve um desfecho trágico. O balanço de vítimas ainda parcial é de 80 mortos, mas o número deve aumentar.

Entrada do complexo de gás In Amenas na Argélia.
Entrada do complexo de gás In Amenas na Argélia. REUTERS/Kjetil Alsvik / Statoil/Handout
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Hoje o governo da Argélia promete dar mais detalhes e divulgar um balanço final da operação. O primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal, reúne a imprensa à tarde em Argel para uma entrevista coletiva. A expectativa é que o número de mortos divulgado seja ainda mais alto. Até o momento, já são 48 reféns e 32 sequestradores mortos.

Até amanhã, o exército continuará as investigações e o trabalho de desativação das minas que foram instaladas pelos sequestradores na usina. Fontes próximas do governo argelino revelaram hoje à imprensa local que seis invasores foram capturados vivos, mas ainda não há confirmação oficial. A imprensa francesa divulgou que um francês estaria entre os sequestradores, mas o ministro do Interior da França, Manuel Valls, diz desconhecer a informação.

O ministro argelino da Comunicação, Mohamed Saïd, declarou que há homens de pelo menos seis países diferentes entre os sequestradores. Entre as vítimas, já estão confirmados mortos do Japão, da França, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Romênia.

O argelino Mokhtar Belmokhtar, que era ligado à rede terrorista Al Qaeda do norte da África (Aqmi), reivindicou a tomada de reféns no campo de gás. Em um comunicado divulgado ontem na internet, ele também ameaçou todos os países que participam da ofensiva militar no Mali.

Mali

O sequestro na Argélia foi qualificado de ato de guerra pelo ministro da Defesa francês. Jean-Yves Le Drian também afirmou que a França mantém sua intervenção no Mali com o objetivo de libertar totalmente o norte do país controlado por grupos radicais islâmicos.

As tropas francesas avançam e combatem ao lado do exército do Mali na operação Serval. No final de semana, vários países da CEDEAO (Comunidade Econômica da África Ocidental) prometeram apoio em uma reunião na Costa do Marfim e pediram ajuda das Nações Unidas.

Poderia ser pior, diz Hague

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse nesta segunda-feira que a situação do extremismo islâmico no norte do Mali, e o acesso desses grupos radicais a armas, seria ainda mais grave se a coalisão ocidental não tivesse agido na Líbia, em 2011, para ajudar a rebelião a derrubar o regime de Muammar Kadhafi. O ministro britânico reconheceu que grupos ligados à Al Qaeda se aproveitaram do estoque de armas do antigo regime líbio com o retorno dos tuaregues ao Mali. Entre esses nômades, existem grupos que pregam uma interpretação mais radical do Islamismo com a aplicação da xariá, a lei islâmica; outros são menos radicais e travam apenas uma luta territorial com o governo central do Mali.

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