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Egito

Egito decreta estado de emergência para conter violência

O estado de emergência no Egito, que, depois de 30 anos, havia sido suspenso no ano passado voltou a entrar em vigor. O governo egípcio determinou a medida depois de protestos violentos no final de semana. A ordem, porém, ainda não tem sido ainda cumprida. 

Manifestantes correm em ponte que leva à praça Tahir no Cairo (Egito) em protesto no domingo 27 de janeiro de 2013.
Manifestantes correm em ponte que leva à praça Tahir no Cairo (Egito) em protesto no domingo 27 de janeiro de 2013. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O estado de emergência voltou a entrar em vigor a partir da meia-noite de hoje e deve durar 30 dias em Porto Said, Suez e Ismailiya. Entre 21h e 6h, o governo determinou  um toque de recolher.  Durante a madrugada, porém, foram registradas algumas manifestações nas  três cidades nas quais as restrições foram impostas.

As medidas foram adotadas em resposta à onda de violência que no final de semana deixou 46 mortos, sendo 37 mortos apenas em Porto Said.  Os protestos foram motivados  pela condenação à pena de morte anunciada contra 21 torcedores do clube Al Ahly. Eles foram responsabilizados pela violência no estádio de futebol que resultou em 74 mortos em 2012.

Os confrontos mostram que o país continua profundamente divivido. De um lado, a população. Do outro lado, as forças policias acusadas de continuarem a usar os mesmos métodos violentos da época do regime do Hosni Mubarak.  

Em um discurso em tom bastante firme à nação, transmitido pela rede de televisão, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, anunciou medidas excepcionais para conter a escalada de violência. Ele disse que poderá tomar outras medidas "em caráter excepcional" se a onda de violência continuar. "Farei isso pelo bem do Egito. Esse é meu dever e não hesitarei", declarou.

Os opositores ao governo irão se reunir hoje para dar uma resposta ao pedido o presidente egípcio.

 

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