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Mali/Guerra

França quer diálogo político no norte do Mali para proteger reféns franceses

O Exército francês chegou na noite de terça-feira a Kidal, região norte do Mali, onde há suspeitas de que sete reféns franceses sequestrados por grupos armados islâmicos estejam em cativeiro. Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reúnem hoje em Bruxelas para discutir a guerra no país africano.

Soldados malineses chegando em Gao depois de liberar a cidade de Duentza.
Soldados malineses chegando em Gao depois de liberar a cidade de Duentza. REUTERS/Joe Penney
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É provável que os reféns franceses detidos por grupos armados islâmicos na região do Sahel estejam no maciço montanhoso de Iforas, a nordeste de Kidal, disse hoje o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian. Autoridades militares malinesas afirmam que os chefes dos principais grupos radicais da região têm seus esconderijos nas montanhas, perto da fronteira com a Argélia.

Após a reconquista na terça-feira do aeroporto de Kidal, a 1.500 km de Bamako, última etapa da intervenção terrestre francesa para liberar o norte do Mali de radicais islâmicos, a França pressiona o governo malinês a abrir um diálogo político com os diferentes grupos étnicos naturais da região. O norte do Mali é habitado por minorias árabes e tuaregues, sendo que uma boa parte desses nômades do deserto integram grupos islâmicos armados, mas outra parte é laica.

Diferentemente do que aconteceu nas cidades de Gao e Tumbuktu, em que as tropas francesas atuaram em conjunto com as forças africanas, os franceses chegaram sozinhos a Kidal. A situação desse último bastião rebelde no norte do Mali é particular: a cidade não é controlada por combatentes da Al Qaeda, e sim por radicais dissidentes do grupo islâmico Ansar Dine e tuaregues do MNLA, o movimento separatista originário da região.

O presidente interino do Mali, Dioncunda Traoré, disse hoje que não há conversa possível com os radicais islâmicos. Por outro lado, ele é favorável ao diálogo com os tuaregues laicos do MNLA. O ministro da Defesa francês também defende a inclusão dos tuaregues nas negociações. A França age com extrema cautela em Kidal para proteger os reféns franceses.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nos próximos dias para discutir o envio de uma missão de paz ao Mali.

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