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Mali

Cúpula de países islâmicos apoia unidade do Mali, mas não cita França

Líderes dos países da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), reunidos no Egito, declararam apoio nesta quinta-feira para a unidade e integridade territorial do Mali e condenaram o terrorismo no Estado da África ocidental. Um comunicado declarou apoio “aos esforços em curso para que o Mali recupere sua integridade territorial e sua autoridade em todo o território nacional”. A intervenção militar francesa não foi explicitamente citada.

Soldados malineses em Bamako.
Soldados malineses em Bamako. REUTERS/Joe Penney
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A resolução adotada na cúpula de dois dias no Cairo apoiou o envio de uma missão militar internacional ao Mali sob a liderança africana e pediu um planejamento para eleições presidenciais e parlamentares.

O documento não cita explicitamente a intervenção militar francesa que expulsou combatentes islâmicos. A França enviou soldados e aviões de combate no mês passado a pedido do governo malinês para conter os combatentes afiliados à rede Al Qaeda que haviam capturado o norte do país e avançavam para a capital, Bamako. O exército francês também ajudou as forças malinesas a retomar as cidades do norte.

A omissão em relação à França reflete, segundo observadores, um constrangimento diante do apelo feito a uma antiga potência colonizadora. O presidente senegalês, Macky Sall, presidente da OCI, saudou a ação francesa em seu discurso na quarta-feira, mas outros países relutaram em se referir a ela.

Nova frente rebelde

Os islamitas armados que abandonaram quase sem resistência o norte do Mali após a ofensiva dos soldados franceses e malineses informaram nesta quinta-feira que abriram uma nova frente de combate, com minas que mataram quatro soldados do Mali nesta quarta-feira, numa explosão entre Duentza e Gao. O Mujao, um dos grupos armados islâmicos que controlou o norte do Mali por mais de nove meses, reivindicou as explosões.

Duentza, a 800km a nordeste da capital Bamako, foi reconquistada em 21 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses, enquanto Gao, a maior cidade no norte do Mali, foi retomada no dia 26 de janeiro. O trecho de 400km entre as duas cidades é considerado perigoso por causa das minas escondidas pelos rebeldes.
 

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