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Crime/ Esporte

Nike anuncia suspensão de contrato de Pistorius

A Nike informou nesta quinta-feira que suspende o contrato de Oscar Pistorius, o atleta paraolímpico sul-africano, acusado de matar a namorada em sua casa, em Pretória, na África do Sul. O terceiro dia de audiência sobre o pedido de liberdade sob fiança do atleta começou com boatos sobre o afastamento de um dos principais investigadores do crime.

Oscar Pistorius durante o segundo dia do processo em Pretória, na quarta-feira (20).
Oscar Pistorius durante o segundo dia do processo em Pretória, na quarta-feira (20). REUTERS/Siphiwe Sibeko
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A Nike também afirmou em comunicado que espera que Pistorius tenha um processo justo e que “continuarão a acompanhar a situação de perto”. Na quarta-feira, a empresa de cosméticos francesa Clarins já tinha anunciado que deixaria de usar a imagem do atleta nas publicidades do perfume A-Men, da marca Thierry Mugler.

Pistorius tem outros patrocinadores, entre eles a British Telecom (BT), o grupo islandês Össur, fabricante de próteses, e a marca de óculos americana Oakley. Ao todo, Pistorius ganha 4,7 milhões de dólares (aproximadamente 9,2 milhões de reais) por ano em patrocínios, segundo o jornal Financial Times.

O Tribunal de Pretória pode se pronunciar hoje sobre o pedido de liberdade sob fiança para o atleta. O terceiro dia de audiência começou com boatos sobre o afastamento de Hilton Botha, o principal investigador do crime. A informação foi dada nesta quinta-feira por uma rádio sul-africana e teria sido confirmada pela promotoria, mas foi posteriormente desmentida pelo porta-voz da polícia, Neville Malila.

Hilton Botha é acusado de participação em sete tentativas de assassinato, por ter atirado em um taxi coletivo, em estado de embriaguez, em 2009. O caso, que tinha sido arquivado, foi reaberto recentemente, mas o policial não foi suspenso. A polêmica em torno de Botha desestabiliza ainda mais a polícia, cuja atuação foi bastante questionada pela defesa de Pistorius na quarta-feira.

Botha teve que admitir erros de sua equipe durante a investigação e a falta de credibilidade das principais testemunhas. Ele chegou a reconhecer que a versão do atleta parecia coerente.

Enquanto a defesa não conseguir a liberdade de Pistorius mediante pagamento de fiança, ele continuará preso na delegacia onde está sob custódia da polícia, em Pretória.
 

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