Congregações gerais são destaques na imprensa francesa
Os jornais franceses desta segunda-feira dão destaque às reuniões preparatórias para o conclave que vai decidir o novo papa. As congregações começaram hoje em Roma. Outro tema que recebe atenção dos jornais são as manifestações contra a austeridade do fim de semana.
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Le Figaro analisa as reuniões preparatórias para o conclave que vai decidir o novo papa. Segundo o jornal, apesar de não serem espetaculares, sem a famosa fumaça branca ou grandes declarações, as semanas que precedem o conclave são essenciais porque são a ocasião de realizar debates determinantes para o futuro da igreja católica.
Le Figaro também descreve o primeiro domingo sem papa desde a renúncia de Bento 16. "O tempo parece suspenso" em Roma, diz o correspondente em Roma Jean Marie Guénois. De acordo com suas previsões, o conclave promete surpresas porque não existem candidatos mais cotados, resultado da renúncia repentina de Bento 16.
Segundo o jornal, antes de falar das "prioridades" do próximo pontificado, um tratamento de "emergência" de problemas internos do Vaticano deve ser debatido, entre cardeais, nestes próximos dias.
Manifestações
L'Humanité destaca a manifestação de sábado em Portugal. Segundo o jornal, quase dois milhões de portugueses formam às ruas pedir a demissão do primeiro-ministro de direita, ao som do hino da revolução dos cravos. De acordo com o diário, o hino entoado contra a ditadura de Salazar, trinta e nove anos depois é usado como canto de resistência de um povo "à beira do abismo social e empobrecido pelas políticas de austeridade do governo de direita de Pedro Passos Coelho".
O jornal lembra que o país passa pela sétima avaliação da Troika para receber a ajuda financeira internacional de 78 bilhões de euros concedida em 2011. "Uma ajuda que se traduziu em planos de ajustes estruturais e privatizações de importantes empresas nacionais", ressalta L'Humanité.
Já o jornal católico La Croix, afirma que as políticas de rigor aplicadas em vários países europeus suscitam movimentos de protesto. O diário analisa a eleição do populista Beppe Grillo, na Itália, e a acessão de partidos extremistas na França e em outros países da Europa como resultado de uma insatisfação com o modelo político.
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