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Imprensa

Manifestação contra casamento gay marca divórcio de franceses com Hollande

A mobilização contra o casamento gay na França, as reações ao plano de ajuda ao Chipre e o início do Forum Social Mundial na Tunísia são destaques da imprensa francesa desta terça-feira.

Capa dos jornais franceses, La Croix, Le Figaro, Les Echos e L'Humanité desta terça-feira, 26
Capa dos jornais franceses, La Croix, Le Figaro, Les Echos e L'Humanité desta terça-feira, 26
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Diante do sucesso da manifestação no último domingo em Paris, os opositores ao casamento gay na França já articulam uma nova mobilização e querem ser recebidos pelo presidente François Hollande na quinta-feira à noite, escreve o Le Figaro em sua primeira página. A porta-voz do movimento já anunciou que quer uma terceira manifestação e tudo indica que será realizada quando o projeto de lei, atualmente analisado pelos senadores, voltar à Assembleia, no início de abril. Em editorial, Le Figaro escreve que pouco importa o número de manifestantes, entre 300 mil e 1,4 milhão, segundo diferentes fontes. A questão do casamento gay é uma expressão muito singular do mal-estar hoje na França e marca um divórcio de parte do eleitorado com o presidente François Hollande, garante o jornal conservador.

O plano de ajuda ao Chipre espalhou o medo de que possa haver um contágio para outros bancos da Europa, afirma o Les Echos. O país não vai ficar imune ao impacto das duras exigências feitas pelos credores europeus e o FMI, afirma o jornal. Com a reestruturação do sistema bancário, especialistas acreditam que o recuo da atividade econômica de Chipre pode chegar até 10%. O presidente do Eurogrupo disse que o remédio imposto ao Chipre pode se tornar uma receita também para outros países da zona do euro. Apesar das tentativas de explicar de que cada caso é um caso, a advertência de Jeroen Dijsselbloem fez as bolsas europeias despencarem e fecharem no vermelho.

Para o jornal La Croix, o plano para o Chipre foi negociado às pressas e levara a União Europeia a redobrar a vigilância e intervir mais dentro da zona do euro. O jornal faz uma lista de três lições a serem tomadas coma crise cipriota. A primeira é a de que não se pode perder o controle de um modelo financeiro nocivo, uma referência ao fato de que o sistema bancário se tornou 8 vezes mais poderoso que o PIB do país. Segunda lição: definir claramente quem toma a decisão na zona do euro porque os últimos dias deram a impressão de uma confusão total no bloco e por último, a lição política. Ao taxar as contas bancárias, os políticos europeus quebraram a relação de confiança com os correntistas e poupadores. Por outro lado, mostraram que são capazes de tudo para evitar a saída de um país da zona do euro.

O Comunista L'Humanité afirma que 70 mil militantes do movimento antiglobalização estão previstos para participar na Tunísia da 13ª edição do Forum Social Mundial. Neste início de primavera, a capital do país, Túnis, sonha que um outro mundo é possível. A referência é clara à chamada primavera árabe, já que a Tunísia foi o país onde começou a revolta popular que derrubou ditadores em vários países da região.
Para o jornal comunista, dois anos após a queda do ditador Ben ALi, o novo regime tunisiano não rompeu com o modelo neoliberal que impõe ao país o desemprego e a miséria.
 

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