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Imprensa

Para imprensa francesa, sindicatos querem reavivar mobilização

A polêmica sobre a exploração do gás de xisto, o aumento de 25% das maiores fortunas francesas no último ano e o dia de greve geral no Brasil, convocada pelos sindicatos, são destaques na imprensa francesa nesta sexta feira.

Sindicalistas bloqueiam estrada em Porto Alegre, nesta quinta-feira (11), no dia nacional de pralisação.
Sindicalistas bloqueiam estrada em Porto Alegre, nesta quinta-feira (11), no dia nacional de pralisação. Reuters
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"No Brasil, os sindicatos querer reavivar a mobilização ", diz o Le Figaro referindo-se à greve desta quinta-feira no país. Segundo o jornal, os sindicatos querem aproveitar o aumento das atividades no Congresso, que sob pressão das ruas, votam novas leis todos os dias, para conseguir a aprovação de reivindicações antigas, como a semana de quarenta horas e o aumento das aposentadorias.

O jornal diz que existe uma incompreensão da estratégia da presidente Dilma Rousseff, que promete aumentar as despesas para melhorar a qualidade dos serviços públicos, mas o Banco Central anunciou na quarta-feira o aumento da taxa de juros. Esta medida poderia levar a um aumento da dívida do Brasil e a reduzir as possibilidades de investimento do país.

Fortunas

Segundo o L'Humanité a austeridade é um paraíso para as grandes fortunas. O jornal destaca que, enquanto o poder aquisitivo dos franceses caiu 0,9% no ano passado, as 500 maiores fortunas da França aumentaram 25%, segundo um ranking mensal da revista Challenges.

O jornal afirma que a diminuição do poder de compras e os cortes nos serviços públicos foram positivos para os mais ricos e que o aumento registrado pelos dez maiores patrimônios franceses cobriria facilmente o déficit das aposentadorias em 2020.

Gás de xisto

O Libération destaca a polêmica em torno da exploração do gás de xisto na França. Apesar das afirmações do presidente francês François Hollande de que não vai explorar o gás, cuja extração é muito prejudicial para o meio ambiente, o tema volta ao debate.

Sob pressão do lobby do setor petrolífero e da crise econômica, o ministro francês da Reforma Produtiva, Arnaud Montebourg, tenta aprovar a exploração. Os argumentos do ministro são: criar novos empregos na França, reequilibrar a balança comercial e conseguir a tão sonhada independência energética do país.

Segundo o jornal, a Comissão Europeia deve propor no próximo semestre, leis sobre a exploração do gás. Mas o consenso não deve ser fácil. Vários países militam pela exploração livre, como a Polônia, que tem as maiores reservas da Europa. Já outros, como a França, onde o lobby ecologista é forte, a tendência é pedir mais proteção contra possíveis danos ambientais, o que encareceria a exploração.
 

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