Novos confrontos entre pró-Mursi e policiais deixam mortos e feridos no Cairo
Quatro mortos e cerca de 80 feridos. Este é o balanço dos confrontos violentos no Cairo entre as forças do exército e os partidários da Irmandade Muçulmana nesta sexta-feira, três meses depois da queda do ex-presidente Mohamed Mursi. Manifestações aconteceram em diversas áreas da capital e em outras cidades.
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A violência voltou às ruas do Egito. Várias passeatas aconteceram nesta sexta-feira em locais diferentes da capita Cairo. Segundo um jornalista da agência de noticias Reuters, um carro militar disparou balas reais nos manifestantes pró-Mursi que haviam sido expulsos pouco antes da Praça Tahrir com bombas de gás lacrimogênio.
Milhares de manifestantes tentaram chegar ao palacio presidencial, mas foram impedidos pela polícia. Agitando bandeiras do Egito, eles gritavam slogans contra o general Abedel Fattah al Sissi, chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Confrontostambém ocorreram nas cidades de Alexandria e na costa do Nilo.
Esta é a maior repressão contra a Irmandade Muçulmana desde a sua criação há 85 anos. Centenas de seus membros foram mortos e diversos dirigentes estão atrás das grades.
Em 14 de agosto, depois de várias semanas acampados na Praça Nahda, no Cairo, os pró-Mursi foram violentamente expulsos do local. Centenas de pessoas morreram na operação. Primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, Mursi continua detido em local secreto.
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