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Naufrágio/Lampedusa

Pescadores de Lampedusa acusam guarda-costeira de lentidão no resgate

Dois dias depois da tragédia que deixou pelo menos 300 mortos, os pescadores que estavam no local do naufrágio acusam a guarda-costeira de demora no socorro às vítimas. Eles acusam as equipes, que estavam a 500 metros do local do acidente, de levarem 45 minutos para chegarem à zona do naufrágio.

Reprodução de vídeo da guarda-costeira italiana que mostra sobreviventes do naufrágio em Lampedusa.
Reprodução de vídeo da guarda-costeira italiana que mostra sobreviventes do naufrágio em Lampedusa. REUTERS/Italian Coast Guard
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Os pescadores que ajudaram as primeiras vítimas acusam a guarda-costeira de lentidão. Eles dizem que o socorro teria levado mais de 45 minutos para responderem ao sinal de alerta. Segundo dos ocupantes do barco de pesca, eles ouviram os gritos de socorro às 6h30, hora local, e começaram a içar as primeiras pessoas da embarcação que estava afundando. Eles pediam ajuda logo em seguida, mas foi preciso esperar quase uma hora.

As autoridades italianas negam a acusação e dizem que chegaram em 20 minutos. A guarda-costeira italiana enfatizou ainda que só recebeu um pedido de socorro às 7h da manhã.  O acidente aconteceu a 500 metros da costa da ilha de Lampedusa. Pelo menos 500 migrantes africanos estavam a bordo da embarcação. Neste sábado, por causa do mau tempo, as buscas foram suspensas. 155 pessoas foram salvas com vida. O naufrágio já é considerado um dos maiores dramas imigrantes clandestinos nos últimos anos.

Em reação à tragédia, a França quer uma reunião urgente para tratar do naufrágio de Lampedusa. O premiê francês, Jean-Marc Ayrault, pediu hoje que os líderes europeus se reúnam o mais rapidamente possível. Na agenda, o reforço da cooperação europeia.

Segundo o presidente italiano Giorgio Napolitano, falta solidariedade entre os países-membros da União Europeia sobre o tema da imigração. O governo belga também declarou neste sábado que é preciso uma política comum para lidar com os fluxos migratórios.

Buscas

O resgate dos corpos continua suspenso, informou um responsável pela polícia aduaneira italiana. Rajadas de vento fortes e o mar agitado por vento classificado na categoria 4 impedem os mergulhadores de continuar o trabalho.

O barco clandestino deixou a costa da Líbia lotado, com uma tripulação estimada entre 450 e 500 imigrantes, a maioria originários da Eritréia. A embarcação afundou após um incêndio acidental na madrugada desta quinta-feira, nas proximidades da costa de Lampedusa.

As equipes de socorro, formadas por pescadores e membros da guarda-costeira além de voluntários, conseguiram salvar 155 pessoas. O naufrágio já é considerado um dos maiores dramas nos últimos anos envolvendo imigrantes que tentar entrar na Europa .

 

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