Em Londres, "Amigos da Síria" encerram reunião no impasse
Os onze países ocidentais e árabes que se reuniram em Londres para discutir a crise na Síria e preparar a conferência de paz "Genebra 2", em novembro, encerraram o encontro sem convencer a oposição a participar da iniciativa. A Coalizão Nacional Síria, que exige a partida do presidente Bachar al Assad para iniciar qualquer discussão, declarou que responderá em uma semana se vai ou não à conferência.
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"Sem solução negociada, o massacre vai se intensificar". Esta foi a declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no final da reunião. .A crise na Síria é hoje uma das maiores tragédias do nosso planeta. Uma guerra vai levar o país à implosão", disse Kerry.
Mas se o grupo dos "Amigos da Síria" concorda por unanimidade que é fundamental tentar negociar, a divisão da oposição síria breca o avanço do processo. A Coalizão Nacional Síria exige a partida do presidente Bachar al Assad do poder para começar a discutir; uma hipótese improvável que gera o impasse.
A Coalizão também vem rejeitando a ideia de participar da conferência de paz prevista em Genebra no mês de novembro, a "Genebra 2", apoiada por Estados Unidos e Rússia. Sem dizer sim, nem não, o chefe da Coalizão anunciou que dará a resposta sobre uma eventual participação dentro de uma semana.
Arábia Saudita
Um novo obstáculo para o avanço das discussões é a Arábia Saudita, um dos maiores adversários do regime de Damasco. Para o poder saudita, os americanos não estão se investindo numa solução real para o conflito sírio assim como em outras questões importantes no Oriente Médio. A aproximação com o Irã também não é vista com bons olhos
Desde que começou em março de 2011, o conflito na Síria fez mais de 100 mil mortos e milhões de refugiados.
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