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ÁFRICA DO SUL/LUTO

Nelson Mandela será enterrado no dia 15 de dezembro em Qunu

O governo da África do Sul informou hoje que o corpo de Nelson Mandela será enterrado no dia 15 de dezembro em Qunu, onde ele passou a infância, na província do Cabo Leste (sul). A presidente Dilma Rousseff vai participar dos funerais.

O ex-presidente Lula conversa com Nelson Mandela em Maputo, em 16/10/2008.
O ex-presidente Lula conversa com Nelson Mandela em Maputo, em 16/10/2008. Ricardo Stuckert/Presidência da República
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01:05

Mariamo Hassamo, de Johanesburgo

Com colaboração de Mariamo Hassamo, de Johanesburgo

A África do Sul espera receber dezenas de chefes de Estado e de Governo para os funerais de Mandela. O presidente Jacob Zuma anunciou que uma cerimônia nacional em homenagem ao líder antiapartheid será realizada no dia 10 de dezembro, no estádio Soccer City de Soweto, bairro da periferia de Johanesburgo, berço da resistência ao regime de segregação racial.

Os sul-africanos poderão se despedir do líder de 11 a 13 de dezembro, período em que o corpo ficará exposto na sede da presidência (Union Buildings) em Pretória. Após meses de brigas entre membros da família, Mandela será enterrado finalmente em Qunu, a aldeia de sua infância na zona rural do Cabo Leste, onde já estão enterrados seus pais e três de seus filhos.

Políticos, artistas e líderes espirituais de todo o mundo devem participar das homenagens oficiais. São esperadas personalidades como o apresentadora americana Oprah Winfrey, a ex-primeira dama e secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, o ex-capitão da equipe de rugby campeã mundial em 1995, François Pienaar, entre outros.

Um exemplo de autoridade moral

Mandela morreu nesta quinta-feira aos 95 anos, depois de passar vários meses lutando contra uma infecção pulmonar crônica, sequela da tuberculose que adquiriu na prisão. Desde o anúncio de sua morte, líderes e personalidades em todo o mundo prestam homenagem ao líder sul-africano, que se tornou um exemplo de autoridade moral para quatro gerações.

Libertado em 1990, depois de passar 27 anos atrás das grades por sua luta contra o regime segregacionista do Apartheid, Mandela recebeu o Nobel da Paz em 1993 junto com Frederick De Klerk, o então presidente branco que o tirou da prisão.

No ano seguinte, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Reconhecido como um homem humilde, conciliador, hábil estrategista político, ele ganhou o respeito de todos ao encerrar, sem banho de sangue, séculos de segregação racial em seu país. Mandela é considerado o pai de uma nação moderna, que segue no caminho da reconciliação.

Mandela havia voltado para casa no dia 1° de setembro, depois de passar quase três meses hospitalizado para tratar de uma recaída de sua infecção pulmonar. Ele já não falava e tinha dificuldades para se alimentar. Seu estado de saúde era considerado crítico há mais de cinco meses.

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