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Crimes/internet

Internet é cada vez mais usada pelo crime organizado

As contravenções pela internet usam métodos cada vez mais sofisticados. Esse é o resultado do primeiro relatório do Centro Europeu de Luta contra a Cibercriminalidade, apresentado nesta segunda-feira (10), em Bruxelas. Atividades como divulgação de cenas de estupro, chantagem sexual e golpes bancários continuam em alta.

Internet é cada vez mais usada pelo crime organizado.
Internet é cada vez mais usada pelo crime organizado. Reuters/Kacper Pempel/Files
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“Os cibercriminosos são muito inteligentes e devemos ser mais inteligentes e rápidos ainda se quisermos lutar de igual para igual”, advertiu Cecilia Malmstrom, comissária responsável pela Segurança e Assuntos Internos, durante apresentação do relatório preparado pelo Centro Europeu de Luta contra a Cibercriminalidade.

“Há casos de estupros que são transmitidos em streaming, em que o usuário paga para assistir em difusão contínua, sem baixar arquivo, ou seja, sem provas”, explica Cecilia Malmstrom. Também foram registrados casos de “sextorção”, em que menores são vítimas de extorção, sendo obrigados a realizar atos sexuais sob ameaça de que outras imagens possam ser reveladas a pais ou pessoas próximas.

Clonagem

O relatório cita ainda golpes em que cartões de banco com limite de retirada são clonados e transformados em cartões de saques ilimitados. Uma dessas operações desviou 45 milhoes de euros em duas horas, relata Troels Ording, relator do documento. “Não é mais preciso assaltar um banco a mão armada”, disse.

De acordo com o estudo, o crime organizado atua a partir de locais seguros, difíceis de serem localizados, com programas capazes de mascarar os endereços IP (endereço único de um computador na rede) e estocando material no sistema “nuvem”. Entre os crimes levantados, 85% são ligados à criminalidade russa.

Para limitar os riscos, a União Europeia pretende, antes de tudo, sensibilizar os utilizadores, principalmente crianças, sobre os perigos da internet. Ela pretende ainda utilizar “piratas do bem”, especialistas nas próprias técnicas dos hackers, a fim de tentar neutralizar os ataques dos piratas de verdade.
 

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